Sábado, 23 de
Novembro de 2024
Direito & Justiça

Prisões

Randolfe Rodrigues pede prisão de empresários que apoiam golpe

Entre membros está Luciano Hang, dono da Havan

Foto: Andressa Anholete/Getty Images
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede) enviou pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF)

18 agosto, 2022

Um grupo de empresários apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) está defendendo a deflagração de um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições. Agora, o senador Randolfe Rodrigues (Rede) quer que eles sejam presos. O parlamentar acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira (17/8) para que a Polícia Federal e o Ministério Público atuem contra o grupo “Empresários e Política”. Entre as medidas solicitadas, estão a quebra de sigilo, congelamento de contas e prisão preventiva. O grupo se organiza pelo Whatsapp, onde, além de incitarem um golpe, tecem ataques ao STF, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a todos que estejam contra Bolsonaro. A petição de Randolfe foi enviada no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos, cujo relator é o ministro Alexandre de Moraes, chamado pelos empresários de “skinhead do PCC”. Algumas das figuras do grupo são bastante conhecidas. O primeiro é Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, e grande militante bolsonarista. Além dele, estão presentes Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da rede de shoppings Multiplan; José Koury, do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca de Mormaii. “Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo”, escreveu Koury no aplicativo de mensagens em 31 de julho. “Golpe foi soltar o presidiário!!! Golpe é o ‘supremo’ agir fora da constituição! Golpe é a velha mídia só falar merda”, fez coro Morango. “O golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias de governo. [Em] 2019 teríamos ganhado outros 10 anos a mais”, opinou Tissot.