Domingo, 24 de
Novembro de 2024
Brasília

Quadrilha

Operação desarticula esquema que roubava carros em SP e revendia peças no Distrito Federal

Força-tarefa envolveu 450 policiais civis em sete cidades do país. Em dois anos, quadrilha participou do desmanche de mais de 2 mil carros, segundo a investigação

Foto: PCDF/Divulgação
post
Operação da Polícia Civil desarticula esquema que roubava carros em SP e revendia peças no DF

30 setembro, 2019

Brasília (DF) - Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal, deflagrada nesta segunda-feira (30/09), desarticulou uma quadrilha que roubava carros em São Paulo e revendia as peças no Distrito Federal. A investigação cumpre 120 mandados de prisão e de busca e apreensão em sete cidades do país:

Águas Lindas (GO)
Brasília (DF)
Campinas (SP)
Goiânia (GO)
Hortolândia (SP)
Indaiatuba (SP)
Valinhos (SP)
Até o último balanço, 3 suspeitos tinha sido presos em Goiás, 8 no estado de São Paulo e 11 no DF. As identidades e funções que os detidos desempenhavam no esquema não foram divulgadas pela polícia. Segundo as investigações, os veículos eram roubados na região de Campinas (SP), depois eram separados em peças e, em seguida, enviados a lojas de Taguatinga – região a 26 Km de Brasília. Para a polícia, o grupo é "uma verdadeira indústria de roubo de carros e desmanches". A apuração apontou ainda que, pelo menos, seis caminhões eram usados no transporte das peças. Cada veículo comportava, em média, 10 veículos cortados. "Eles chegavam a percorrer o trajeto DF-GO-SP [1,1 mil km] até três vezes na semana, indicando, portanto, um volume alto de carros roubados que eram inseridos no mercado de autopeças." A estimativa da polícia é de que, na última década, a organização criminosa tenha enviado a Brasília pelo menos 2 mil carros roubados.


Rota de Seta
A operação foi batizada de Rota da Seda – em alusão às diversas rotas comerciais que, na Antiguidade, se originavam na Ásia e faziam chegar aos europeus diversos produtos sem que eles soubessem a procedência. A força-tarefa conduzida pela Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) envolveu cerca de 450 policiais no país e três aeronaves.