Em fevereiro do ano que vem termina o mandato de dois diretores do Banco Central. Com a abertura de vagas, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode reconduzir ou escolher novas pessoas. Bruno Serra, diretor de Política Monetária, ocupa um posto estratégico na instituição. A nomeação para a cadeira pode ser vista como um termômetro para o mercado financeiro. Cabe ao governante optar por uma pessoa do próprio mercado, um profissional de origem acadêmica ou alguém que atue no setor público. Já o posto ocupado por Paulo Sérgio Neves de Souza, diretor de fiscalização, é considerado técnico. Normalmente, é conduzido por um funcionário de carreira no setor público. Até o momento, o BC e a equipe de Lula ainda não se posicionaram sobre as possíveis mudanças que podem acontecer em 2023. "Não existe nenhum nome anunciado para equipe de governo do presidente eleito Lula. Foram anunciados apenas nomes da transição", informou a assessoria do petista para a imprensa. A diretoria é responsável por executar uma das mais importantes ações do Banco Central. Com capacidade de realizar políticas monetárias que interferem diretamente nos preços do país e no poder de compra dos consumidores, a decisão será crucial para a governabilidade econômica do próximo governo. Indicado por Jair Bolsonaro (PL), presidente do BC, Roberto Campos Neto fica no cargo até a 31 de dezembro de 2024. Ele assumiu a cadeira em 28 de fevereiro de 2019. Os mandatos de outros dois diretores também terminam no final de 2023, enquanto algumas outras cadeiras devem ser ocupadas por mais tempo ao longo do mandato de Lula.
Brasília