Os jogadores Guilherme Smith, Cristian Fagundes e Juninho foram impedidos de atravessar a fronteira da Ucrânia com a Polônia para se protegerem do ataque da Rússia. O grupo barrado ainda tem a mulher de Juninho, Vitória, e o filho do casal, Benjamin. Na sexta-feira (25/2), eles embarcaram em um trem em Zaporizhzhya, onde moravam, rumo a Lviv, maior município do oeste ucraniano. De lá, seguiram a pé por aproximadamente 60 quilômetros, mas foram barrados pela polícia a 4 quilômetros da fronteira. O grupo passou a noite na rua e precisou fazer uma fogueira para que pudessem ficar aquecidos. Os jogadores alegaram truculência e foram impedidos de passar. "Situação muito delicada agora que nós estamos vivendo. A gente tava muito perto da fronteira, 4 km, e, de repente, barram a gente. Tá uma multidão de pessoas aqui, muito cheio, e as pessoas do nada se revoltam umas com as outras e começam a brigar, coisa que não desejo pra ninguém", relatou Guilherme. Ao amanhecer, o grupo conseguiu pegar um ônibus e retornar para Lviv, onde foram instalados em um hotel com auxílio da Embaixada do Brasil na Ucrânia. Ainda não há informações sobre como eles vão conseguir deixar o país. Uma brasileira ofereceu apoio aos atletas. Camila Kopec faz parte de uma força-tarefa composta por brasileiros que moram na Polônia e se uniram para receber os jogadores e outros brasileiros que precisam de ajuda para cruzar a fronteira entre os países. Em entrevista ao portal G1, Camila Kopec informou que um grupo de brasileiros estava disposto a encontrar os jogadores na estrada, mas foram barrados e só conseguirão dar qualquer suporte após o grupo cruzar a fronteira. "A guarda da fronteira informou que somente familiares podem fazer o trajeto em carros particulares. A fronteira esteve fechada por cerca de 2 horas para troca de turno, mas já voltou a funcionar. Tem um engarrafamento muito grande para passar no controle de fronteira, mas mesmo pessoas sem um passaporte estão podendo entrar. Vamos orar para dar tudo certo", afirmou.
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