Sábado, 23 de
Novembro de 2024
Direito & Justiça

Força-tarefa

SSP cria força-tarefa para apurar fatos apontados pela PF na investigação que afastou Carlesse

Delegados transferidos pelo governador afastado integram a equipe que vai apurar o caso

Foto: Divulgação
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Carlesse será investigado pelas denúncias de ações criminosas

30 novembro, 2021

Palmas (TO) - A Secretaria de Estado da Segurança Pública do Tocantins anunciou na segunda-feira (29/11) que criou uma força-tarefa para apurar os fatos apontados pela Polícia Federal na investigação que levou ao afastamento por seis meses de Mauro Carlesse (PSL) do governo. A equipe vai investigar inclusive a antiga cúpula da SSP, que foi afastada pela Justiça junto com Carlesse por supostamente colaborar com um esquema criminoso que teria sido montado por ele. Entre os integrantes da força-tarefa, estão delegados da Polícia Civil que foram transferidos de delegacias após atuar em inquéritos que prejudicaram Carlesse. É o caso de Cassiano Ribeiro Oyama, Guilherme Rocha Martins e Gregory Almeida Alves do Monte. Os três integraram a equipe da Operação Catarse, que investigava funcionários fantasmas no governo. O grupo será coordenado por Afonso José Azevedo de Lyra Filho. Além dos delegados citados, participam também da força-tarefa Adriano de Aguiar Carvalho, Aldo Pagliani Schwanck, Bruno Monteiro Baeza e Luciano Barbosa de Sousa Cruz. A atuação deles será no âmbito da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco). O prazo para a realização da investigação é de 120 dias. A portaria com a criação do grupo foi assinada pela titular da SSP Wlademir Costa, e pelo Delegado-Geral da Polícia Civil, Claudemir Ferreira. O governo emitiu comunicado informando que o objetivo da medida é "garantir a manutenção da legalidade e transparência nos atos públicos". A decisão foi tomada no mesmo dia em que o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Antônio Andrade (PSL), pediu que a Procuradoria-Geral da AL faça uma análise jurídica de dois pedidos de impeachment apresentados contra Carlesse. O parlamentar ainda não decidiu se vai aceitar ou não a abertura do processo. Os dois pedidos são relacionados as mesmos fatos que serão apurados pela força-tarefa. O trabalho desta equipe é interno e pode levar a medidas administrativas contra os envolvidos. O processo da operação da PF segue tramitando normalmente no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e não está vinculado a esta apuração.