Palmas (TO) - A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (17/11) a Operação “Troféu”, visando dar continuidade a investigações relacionadas às Operação Replicantes, Hastati e Brutus, que apuraram irregularidades em contratos firmados pelas Secretarias de Saúde e de Infraestrutura do Estado do Tocantins em gestões passadas. Nesta fase, a PF investiga atos de corrupção, narrados em Acordo de Colaboração Premiada. Aproximadamente 10 policiais cumprem dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal no Tocantins, na cidade de Palmas/TO. A operação deflagrada hoje tem como foco a estrutura de recebimento das vantagens indevidas pelo núcleo de comando da Organização Criminosa - ORCRIM investigada. Os elementos reunidos até o presente momento apontam para o pagamento de propinas em espécie, que eram transportadas em envelopes até serem entregues diretamente aos chefes da ORCRIM. Em ações anteriores, durante a realização de buscas nas residências e nos escritórios ligados aos investigados, os policias identificaram um grande número de envelopes que se suspeitava terem sido utilizados para o transporte dos valores, formalizando, por amostragem, a apreensão de alguns deles. Análises realizadas pela equipe de Policiais Federais conseguiram revelar evidências de que efetivamente se tratavam de envelopes utilizados para o pagamento das propinas, o que foi corroborado e detalhado pelas colaborações premiadas firmadas e por outras diligências realizadas. A ORCRIM é suspeita de ter mantido um sofisticado esquema para a prática reiterada de atos de corrupção, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos e lavagem de ativos, sempre com o objetivo de acumular riquezas em detrimento dos cofres públicos, além de praticar atos de intimidação e embaraço a investigações. Destaca-se que em razão da Pandemia causada pela COVID-19, foi adotada logística especial de prevenção ao contágio, com distribuição de EPI’s a todos os envolvidos, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas e investigados. O nome da operação é uma referência a possível motivação que levou os investigados a manterem guardados, alguns por mais de uma década, os envelopes nos quais supostamente eram transportadas e entregues as vantagens indevidas.
Fontes: Comunicação Social da Polícia Federal no Tocantins