A Justiça Eleitoral declarou o governador afastado Mauro Carlesse (PSL), Josi Nunes (PSL) e Gleydson Nato - prefeita e vice-prefeito de Gurupi, inelegíveis e determinou o afastamento da gestora do cargo. Segundo a sentença, Carlesse teria utilizado vários recursos públicos para beneficiar Josi nas eleições municipais de 2020. Conforme o juiz da 2ª Zona Eleitoral, Nilson Afonso, foram verificadas condutas ilícitas por parte de Carlesse durante a campanha de Josi. Entre elas, abuso de poder político mediante utilização de bens e servidores públicos, uso de veículos oficiais, pagamento de sites de notícias e distribuição de cestas básicas sem critérios objetivos e em ano eleitoral. O advogado que representa os políticos no processo afirmou que vai recorrer da decisão. A decisão é baseada em uma denúncia formalizada de Gutierrez Torquato (PSB) e de Eduardo Fortes, candidatos a prefeito e vice derrotados em Gurupi. A sentença afirma que a inelegibilidade deve valer por oito anos, a partir da campanha eleitoral de 2020. O juiz diz que "a presente decisão deverá ser cumprida somente após o trânsito em julgado". Mauro Carlesse foi afastado do governo estadual pelo prazo de seis meses pelo Superior Tribunal de Justiça. Ele está sendo investigado por um suposto esquema de propina e também por intervenção política em investigações policiais. Ele falou sobre estas acusações dois dias após o afastamento e negou ter cometido qualquer irregularidade. Atualmente, o comando do Poder Executivo é exercido pelo vice-governador, Wanderlei Barbosa (Sem partido), que rompeu a relação com Carlesse.
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