Seis homens de origem colombiana foram indicados pelo crime de usura, conhecido como agiotagem. O grupo emprestava dinheiro a comerciantes de Palmas e cobrava juros abusivos, inclusive com cobranças diárias. Os nomes dos indiciados não foram divulgados. A Polícia Civil começou a investigar o caso em agosto, após os suspeitos serem denunciado de forma anônima. As vítimas do golpe, geralmente pequenos comerciantes da capital, tinham que pagar cerca de 20% de juros ao mês, e esse valor era incluído em parcelas que teriam que ser pagas diariamente, com mais juros. Os denunciantes também relataram que uma pessoa, o cobrador, passava diariamente nos comércios para pegar o pagamento dos juros, prática conhecida como “gota a gota”. A polícia também apurou que, por não conseguirem pagar a dívida com o grupo suspeito de agiotagem, muitos comerciantes fecharam as portas. Os suspeitos foram ouvidos durante as investigações e confirmaram que faziam o negócio ‘abusivo’ com os comerciantes. Eles também afirmaram que não sabiam que a prática de agiotagem era proibida no país. A polícia informou que os suspeitos estão em liberdade. Segundo o delegado Diego Camargo, da 2ª Delegacia Especializada de Repressão às Infrações de Menor Potencial Ofensivo (Deimpo), os agora indiciados podem perder o Registro Nacional de Estrangeiros e se condenados, poderão pegar penas que vão de seis meses a dois anos e multa. Os comerciantes têm a opção de entrar na Justiça para reverter a cobrança dos juros, segundo o delegado.
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