A coordenadora do plano de saúde Hapvida suspeita de negar e dificultar atendimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi solta pela Justiça. Ela, que tem 45 anos, foi presa no último dia 31 de outubro e passou por audiência de custódia na quarta-feira (1º/11), ocasião em que a Justiça concedeu liberdade provisória à suspeita e estipulou uma fiança de R$ 1,3 mil, que foi paga pela mulher. As informações são da TV Anhanguera. Por não ter tido o nome divulgado, a reportagem não conseguiu localizar a defesa da suspeita até a última atualização desta reportagem. Em nota, o Hapvida afirmou que atualmente há seis clínicas para atendimento de crianças com TEA em Goiânia e que, “está prestando toda assistência necessária à profissional e está à disposição das famílias para quaisquer esclarecimentos e dúvidas”. De acordo com a decisão, a coordenadora do plano precisa se apresentar à Justiça todo mês e não pode se mudar e nem sair de Goiânia sem avisar as autoridades.
Entenda o caso
A coordenadora do Hapvida foi presa em flagrante em Goiânia, após denúncias de que a unidade teria deixado de prestar assistência médica para pessoas com autismo. A polícia investiga denúncia de que 68 crianças podem ter ficado sem atendimento. A prisão ocorreu durante a visita do delegado Humberto Teófilo, responsável pelo caso, na unidade situada no Setor Bueno. À reportagem, o delegado afirmou que a mãe de uma criança de 5 anos relatou à polícia que a filha estava regredindo no tratamento, até perdendo a fala, por falta de atendimento. Teófilo justificou que a prisão foi baseada em uma Lei Federal nº 7.853/89, que determina crime a quem deixar de prestar assistência médica hospitalar e ambulatorial à pessoa com deficiência. À reportagem, a Hapvida informou que não houve recusa no atendimento procurado pela mãe da criança e que ela já é assistida por psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Segundo a empresa, já constam em sistema mais de 30 sessões agendadas com uma equipe multidisciplinar para essa paciente até novembro.
Íntegra da Nota da Hapvida
“O compromisso da empresa é sempre prestar o melhor atendimento a todos os clientes e não mede esforços para garantir qualidade no cuidado às crianças da rede com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A companhia informa que não houve recusa no atendimento procurado pela mãe da criança, que já é assistida por psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Ao todo, até o final de novembro, somente para o caso em questão, já constam, em sistema, mais de 30 sessões agendadas com uma equipe multidisciplinar. A empresa reforça que, atualmente, são seis clínicas para atendimento de crianças com TEA em Goiânia, assim como disponibiliza unidades para este tipo de atendimento em outras regiões do Brasil. A companhia complementa que está prestando toda assistência necessária à profissional e está à disposição das famílias para quaisquer esclarecimentos e dúvidas. Por fim, segue empenhada em oferecer a melhor assistência aos seus clientes, com revisão e fortalecimento constante de seus processos. Salientamos que os advogados presentes foram contratados para apoiar juridicamente a colaboradora em questão, mas não são representantes do posicionamento oficial da empresa.”