Os restos carbonizados dos animais silvestres vítimas dos incêndios no Pantanal começaram a surgir. Ao portal Fauna News, o diretor de comunicação do Instituto SOS Pantanal, Gustavo Figueirôa, explicou que, inicialmente, a herpetofauna - que inclui os répteis e os anfíbios - é o grupo mais impactado pelo fogo. "Répteis e anfíbios morrem primeiro, por terem um deslocamento mais lento e não conseguirem fugir a tempo do fogo. Eles geralmente são base de alimento para outros grupos animais, como aves de rapina e grandes mamíferos”, explica. Desde o início de junho, o bioma enfrenta incêndios de grandes proporções, que já queimaram por volta de 627 mil hectares.
Reprodução/Amilton Álvaro Brandão
Macaco foi morto pelas chamas
O governo de Mato Grosso do Sul decretou emergência devido nesta segunda-feira (24), onde 480 mil hectares foram destruídos pelas chamas. Os outros 127 mil foram no Mato Grosso, segundo dados de domingo (23/6), do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Reprodução/Guilherme Giovanni (@guilhermepantanal)
Mais de 1.790 focos de incêndio foram encontrados em um município do MS
O Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap-MS) tem feito o trabalho de resgate dos animais na região, sobretudo na região do Paraguai Mirim e nos arredores do município de Corumbá, que detém o maior número de focos de incêndio registrados no Mato Grosso do Sul neste ano - cerca de 1.790, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Imagens dos animais que não conseguiram se deslocar antes do fogo foram publicadas.