Segunda-feira, 16 de
Setembro de 2024
Meio Ambiente

Queimadas

Fogo queima o principal ponto turístico do Jalapão

Região queima há dois dias e as visitações foram interrompidas nas Dunas do Jalapão

Foto: Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera
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Queimadas formam cortina de fumaça nas Dunas do Jalapão — Tocantins

06 setembro, 2024

Região queima há dois dias e as visitações foram interrompidas nas Dunas do Jalapão. Brigadistas estimam que a área atingida dentro do Parque Estadual do Jalapão - Tocantins,  chega a 10 mil hectares; ainda não há informações sobre as causas. A paisagem paradisíaca das Dunas do Jalapão foi tomada por uma cortina de fumaça das queimadas que atingem as vegetações ao redor. Conforme apuração da TV Anhanguera, os brigadistas estimam que a área atingida dentro do Parque Estadual do Jalapão chega a 10 mil hectares. O vídeo foi registrado nesta sexta-feira (6/9) e ainda não há informações sobre o que teria provocado o incêndio. Por causa do fogo, as visitações nas Dunas foram suspensas por tempo indeterminado. Outro ponto turístico bastante afetado foi a Lagoa da Serra, no complexo das Serras Gerais. Nas imagens é possível ver grandes nuvens de fumaça brancas e cinzas. O fogo atinge as proximidades da Serra do Espírito Santo e por isso as visitações foram proibidas desde a última quarta-feira (4). Outros pontos turísticos seguem abertos. As Dunas fazem parte do Parque Estadual do Jalapão, que é administrado pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). Segundo o órgão, uma equipe de fiscalização trabalha para saber o que teria provocado a queimada e caso seja identificada a hipótese de ato criminoso, o incidente será encaminhado à polícia. Devido à vários incêndios no Tocantins, o governo decretou estado de emergência pelo prazo de seis meses. Outro decreto assinado pelo governador autoriza a contratação de 60 brigadistas para dar apoio às equipes durante as ocorrências. Em entrevista à TV Anhanguera, a supervisora do Parque Estadual, Vaneça Ribeiro Corado, informou que o foco inicial nas Dunas iniciou na última quarta-feira (4) pela manhã, mas devido as condições climáticas - vento forte e tempo seco - não foi possível fazer o controle. "São áreas próximas à propriedades particulares então acredito que [alguém] colocou fogo para manejar uma pequena área e esse fogo abriu acidentalmente e ganhou uma propagação. Ás 11h30 a gente identificou nas imagens de satélite. Uma brigada estava fazendo ronda, viu o foco, mas não conseguiu controlar por causa do vento e calor, que fez o fogo propagar", explicou. Dunas do Jalapão estão com visitas suspensas por causa de focos queimadas Segundo a Vaneça, há indícios de que o incêndio tenha sido premeditado, mas a causa ainda será investigada. "O Tocantins vem adotando o manejo integrado do fogo. O Parque ele vem manejando áreas, porém esta área próxima das Dunas, que fica próxima do atrativo, não é manejado por questões de segurança e nunca tinha acontecido um acidente, digamos. Tudo indica que foi algo bem premeditado, porque foi algo próximo, esse fogo subiu no platô da Serra do Espírito Santo e desceu até esses vales das Dunas", disse. Outras queimadas também foram identificadas em outros pontos turísticos no Jalapão, mas já foram controlados. "Já tivemos focos em outros atrativos como a Cachoeira do Formiga, mas foi um foco distante e a brigada já extinguiu", contou a supervisora. O chefe da brigada no Parque, Claudemir Ribeiro de Sousa, informou que o combate às chamas é feito com uso de abafadores, bomba costal e sopradores. Por causa dos ventos e condições climáticas, as ações são feitas pela manhã, pausam no meio-dia durante o período mais quente do dia e voltam pela tarde, por voltas das 16h, até o início da noite.

Pontos turísticos tomados pelo fogo
Queimadas também foram registradas na Lagoa da Serra, que fica no Rio da Conceição. Por causa do fogo, turistas de São Paulo tiveram que sair às pressas da região. Quiosques e vegetações foram destruídas. As chamas foram contidas e ninguém se feriu. Ainda não há informações sobre o que teria iniciado o incêndio, mas o município de Rio da Conceição informou que deve investigar o caso. Segundo o Secretário de Meio Ambiente de Rio da Conceição, Diogenes Pereira Batista, como a área atingida faz parte do cerrado, a recuperação da vegetação geralmente é mais rápida. "Graças a Deus, o cerrado tem um autopoder de recuperação, em até 30 dias os brotos começam a sair e já o capim natural, a média é de 15 dias para recuperação", explicou Diogenes. Na quinta-feira (5/9) os bombeiros informaram que também foram chamados na região de Rio Azuis, nas Serras Gerais, para conter incêndios. Eles iniciaram o combate às chamas na madrugada, por volta de 1 hora e continuam monitorando o local.