Uma reportagem da Folha de São Paulo de sábado (2/7), revelou ao mundo o fenômeno de motoristas de aplicativos que estão fazendo sexo com seus passageiros em troca de dinheiro, como modo de complementar a renda. De acordo com a equipe do jornal, a prática tem afetado as plataformas do Uber, 99 e InDriver. Os encontros são combinados previamente dentro do próprio chat do aplicativo através de códigos, de modo a burlar a censura de linguagem obscena do app. A letra "b", por exemplo, é um código para sexo oral. Há também motoristas que fazem as negociações do programa em aplicativos de relacionamento, como o Grindr. Um dos motoristas entrevistados pela reportagem, na condição de permanecer anônimo por medo de represálias da empresa, afirmou que cobra entre R$ 50 a R$ 150 pelo programa, porém que já chegou a receber R$ 200 em apenas um único ato. Segundo afirmado por ele, esse só esse valor se aproxima do equivalente a sua receita diária com o aplicativo de corridas. O motorista anônimo também afirmou que com o aumento do preço dos combustíveis, teve de aumentar o número de programas feitos em seu carro, já tendo recebido cerca de 50 clientes desde o início de seu trabalho como motorista há cerca de dois anos. Os serviços geralmente são realizados no próprio carro, em ruas desertas, ou ainda com o veículo em movimento. Também acontece de irem para um motel, custeado pelo cliente, ou na casa do passageiro. De acordo com a Uber, embora a prática de prostituição não seja proibida no Brasil, a empresa não permite a prática no seu código de conduta, podendo levar à terminação da parceria com o motorista. A InDriver não se pronunciou sobre, enquanto a 99 preferiu não se manifestar.
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