O corpo do ex-prefeito de Palmas, Odir Rocha, será velado na Assembleia Legislativa, a partir das 5h30 da manhã desta quinta-feira (5/5). Haverá uma missa de corpo presente às 15 horas e o enterro está marcado para 17 horas, no cemitério Jardim das Acácias, em Palmas. Odir Rocha morreu na tarde de quarta-feira (4/5) aos 81 anos, em um hospital particular da capital. Ele fazia tratamento contra um câncer no fígado, mas ainda não há informações sobre as causas da morte. O g1 apurou que ele estava internado desde a semana passada, com quadro de hemorragia digestiva e recebia cuidados paliativos. Políticos e amigos enviaram notas de pesar pela morte do ex-prefeito. "Diante da dor de perdermos um poeta, um homem íntegro, correto e admirável, nos faltam palavras para expressar nosso respeito e gratidão. Obrigada, Dr. Odir Rocha! Até hoje, Palmas não havia perdido nenhum de seus governantes", disse a prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro (PSDB). "Odir Rocha construiu uma história de homem público íntegro e sempre voltado para o bem do povo e crescimento de Palmas e do Estado do Tocantins. Médico dedicado ao bem estar de seus pacientes, Odir Rocha foi ainda deputado federal pelo Tocantins e prefeito de Colinas do Tocantins. Além disso, exerceu diversos cargos no governo do Estado. Assim como na vida pública e na medicina, Odir Rocha se revelou exímio escritor, deixando poesias e contos eternizados em vários livros publicados", ressaltou o governador do Tocantins Wanderlei Barbosa (Republicanos).
Vida e carreira política
Manoel Odir Rocha nasceu em Araguari (MG) em 1941, filho de Elias de Araújo Rocha e de Rosa Rodrigues Rocha. Ele era médico, escritor e poeta, membro da Academia Tocantinense de Letras e da Academia Palmense de Letras. Deixou a esposa Dirce Noda Rocha e três filhas. Sua vida política começou com em 1989, quando foi eleito prefeito de Colinas do Tocantins. Ao fim do mandato assumiu o cargo de secretário de Ação Social e Habilitação no mandato do primeiro prefeito eleito de Palmas (TO), Eduardo Siqueira Campos. Em outubro de 1994 foi eleito primeiro suplente de deputado federal e permaneceu na função por 30 dias, até ser convidado para ser secretário do governo estadual. Dois anos depois, em outubro de 1996, foi eleito como terceiro prefeito da história de Palmas. Ele permaneceu no cargo até 31 de dezembro de 1999. Tão logo terminou seu mandato, foi nomeado pelo então governador Siqueira Campos como presidente da Agência de Desenvolvimento do Tocantins. Depois também voltou a ser secretário municipal de Palmas. Entre suas obras publicadas estão o livro de poemas Do amor à terra, em 2002, o livro de contos Auscultando a vida, e 2005.