Uma funcionária de uma confecção é procurada pela polícia suspeita de desviar quase R$ 1 milhão de uma empresa em Pontalina, no sul do estado. Segundo a delegada Tereza Nabarro, da Polícia Civil, Juliana Lopes Campos, de 30 anos, 'maquiava' os desvios alterando os destinatários das movimentações. "A autora realizava transações fraudulentas alterando apenas o nome do destinatário, mas os valores eram destinados à sua própria conta. Esses valores eram transferidos para ela, sempre com uma transferência maior e uma devolução menor, para mascarar ainda mais seus movimentos fraudulentos", afirma Tereza Nabarro. O g1 não conseguiu contato com a defesa de Juliana Lopes Campos até a última atualização desta reportagem. A dona da empresa disse à polícia que confiava em Juliana, já que ela trabalhava no local há muitos anos. Também disse que começou a desconfiar da funcionária ao perceber que estava constantemente "sem dinheiro em caixa" e ao descobrir que Juliana tinha uma dívida de mais de R$ 300 mil. "A vítima relatou que sua funcionária Juliana trabalhava na empresa de confecção há vários anos no setor financeiro e, por isso, ela tinha total confiança desses empregadores. E começou a desconfiar após ter conhecimento de que ela possuía uma dívida de mais de R$ 300 mil na cidade", relata a delegada. Tereza Nabarro informou que devido às desconfianças, a empresária decidiu conferir o balanço contábil, oportunidade em que descobriu que a suspeita estava retirando cerca de R$ 60 mil por mês e recebendo, ao todo, quase R$ 800 mil. Segundo a Polícia Civil, a equipe analisou o histórico das transações e concluiu que os desvios foram se tornando cada vez mais frequentes e progressivos, de forma que chegou-se ao montante de R$ 991.031,79. Com o objetivo de conferir certa naturalidade para o balanço, Juliana também realizava operações de crédito, de modo que o valor total desviado, conforme apuração da própria empresa de confecção, atinge o valor de R$ 778.082,30. Tereza Nabarro disse que após as investigações ocorreu a quebra de sigilo financeiro, medidas constritivas patrimoniais em desfavor da investigada e a representação pela prisão preventiva de Juliana na terça-feira (16/4). "A equipe da Polícia Civil tentou localizá-la, inclusive diligenciando os endereços indicados. Também entrou em contato com os advogados que sabiam a sua localização, mas preferiram não apresentá-la naquele momento. Em razão disso, foram expedidos os mandados e a sua imagem como pessoa foragida, devido ao risco concreto de fuga e também de que ela continue a ocultação de patrimônio", finalizou a delegada.
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