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Novembro de 2024
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Censura

Bolsonaristas pedem novo boicote a filme de Lázaro Ramos

Apoiadores do ex-presidente pedem boicote ao filme “Ó Paí, Ó 2”, cerca de um ano após terem atacado “Medida Provisória”, filme anterior do artista

Foto: Instagram
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A justificativa para o boicote se dá a uma declaração de Lázaro Ramos ao jornal Folha de S. Paulo na época de lançamento do filme “Medida Provisória”, lançado em 2022

04 novembro, 2023

Apoiadores do ex-presidente Jari Bolsonaro (PL) estão convocando um novo boicote nas redes sociais — depois tentarem boicotar marcar relacionadas a  Felipe Neto e Ivete Sangalo —, o alvo da vez é o filme “Ó Paí, ò 2”, dirigido e protagonizado por Lázaro Ramos. O motivo é o apoio aberto do artista ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante as eleições de 2022, na qual o político foi eleito pela terceira vez. A hashtag #BoicoteLazaroRamos chegou a entrar nos assuntos mais comentados do X, antigo Twitter, por algumas horas deste sábado (4/11). A nova campanha de boicote foi divulgada por Enzo Momenti, um youtuber bolsonarista que foi candidato a deputado estadual em São Paulo pelo Pros. Na última sexta-feira (3/11), o youtuber alegou “ter gostado muito” do primeiro filme, mas que não iria assistir ao segundo, devido ao posicionamento político do artista envolvido. “Eu assisti 'Ó Paí, Ó 1' e adorei. Ri muito, Lázaro é divertidíssimo. Mas pra que se envolver com o ‘Dilmo’? Agora não vou poder assistir a continuação, vou boicotar. A culpa é toda sua. É mais um que lacrou um monte e agora quer seu dinheiro capitalista para o filminho dele”, disse. A justificativa para o boicote se dá a uma declaração de Lázaro Ramos ao jornal Folha de S. Paulo na época de lançamento do filme “Medida Provisória”, lançado em 2022, quando Lázaro, que é diretor do filme, afirmou que “é difícil ser brasileiro no governo Bolsonaro”. "Olha o preço do combustível e dos alimentos. Não posso falar só sobre a dificuldade de ser artista neste momento, não se trata disso", disse o artista. O filme de 2022 também sofreu devido aos boicotes Bolsonaristas, chegando a enfrentar dificuldades para ser lançado. O deputado federal Eduardo Bolsonaro, o ex-secretário de Cultura Mário Frias e o ex-presidente da Fundação Palmares Sérgio Camargo chegaram a criticar uma fala da atriz Taís Araújo, esposa de Lázaro Ramos e protagonista do filme, que classificou como “Infernal” o período de governo de Bolsonaro.