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Tocantins conquista o terceiro lugar na 43ª edição da Copa Norte Nordeste de Ciclismo de Estrada

Foram 198 medalhas nas provas contrarrelógio, 182 nas provas de resistência e 159 nas provas de circuito

Fotos: José Matheus/Governo do Tocantins
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O ciclista Esio Florêncio de Sousa, 67 anos, de Fortaleza do Ceará, ficou em segundo lugar na categoria Veterano D-2

19 dezembro, 2021

Por Cláudio Paixão

Os atletas tocantinenses fizeram bonito na 43ª edição da Copa Norte Nordeste de Ciclismo de Estrada e conquistaram 539 medalhas, o que deixou o Estado em terceiro colocado entre os participantes, no ranking geral do evento. Realizado pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) e Federação Tocantinense de Ciclismo (FTC), a Copa de Ciclismo contou com o apoio do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc). Foram três dias de disputas nas provas de circuito, resistência e contrarrelógio, em 14 categorias em disputa da juvenil à máster D, com atletas de 16 estados. As competições iniciaram na sexta-feira, 17, e seguiram até este domingo, 19, quando ocorreram as premiações. O Tocantins conquistou 539 medalhas, sendo 198 nas provas contrarrelógio, 182 nas provas de resistência e 159 nas provas de circuito. O Estado ficou atrás apenas da seleção do Pará, que voltou para casa com 772 medalhas, e da Bahia, que conquistou 678. Conforme explicou o superintendente de Esportes, Juventude e Lazer da Seduc, Clay Rios, o Governo do Tocantins apoiou a realização do evento com toda a estrutura necessária para que as competições pudessem ocorrer em Palmas. “Estamos cada vez mais diversificando as competições do nosso Estado. O Ciclismo tem se mostrado uma grande tendência, os melhores ciclistas do Brasil estão aqui.  Esse é um evento inédito para Tocantins e fizemos questão de apoiar, assim como temos feito com outras categorias. O esporte no Estado e do Estado fazendo história”, ressaltou. O presidente da Federação Tocantinense de Ciclismo, Diogo Freitas, frisou que o apoio da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) foi primordial para que o evento pudesse acontecer. “É fantástico recebermos um evento de nível nacional aqui na Capital. Além de fomentarmos o esporte, estamos fomentando a economia. Sem o apoio da gestão estadual nós não conseguiríamos realizar a Copa Norte Nordeste de Ciclismo de Estrada aqui no Tocantins”, destacou, apontando, ainda, que o próximo evento ocorrerá em Pernambuco.

Superação

O ciclista Esio Florêncio de Sousa, 67 anos, de Fortaleza do Ceará, ficou em segundo lugar na categoria Veterano D-2. No rosto ele carrega a expressão de quem teve que superar a dor de ver todas as suas conquistas virarem cinzas em um incidente que resultou em um incêndio de grandes proporções em sua residência. “O esporte transforma a nossa vida, nos faz uma pessoa melhor. Já foram mais de 200 competições, hoje cada vez que eu participo e conquisto uma medalha é como uma oportunidade de recomeço, de resgate de tudo o que eu perdi”, contou emocionado. Valdemir Lopes Lima, 56 anos, de Gurupi, competiu na categoria C2. Em 26 anos de ciclismo, ele viu a sua vida ser transformada. Nesta edição da Copa de Ciclismo, conquistou medalhas em todas as provas que participou. “Fui prata na prova contrarrelógio, prata na prova de resistência e ouro na prova de circuito. O ciclismo representa muito em relação à qualidade de vida e foi o caminho que eu encontrei para me distanciar de tudo de ruim que você possa imaginar”, contou o competidor. Uma das grandes apostas do Tocantins é Otávio Queiroz, de Porto Nacional, 16 anos. Há pouco mais de dois anos no esporte, ele já se sagrou campeão na categoria juvenil (15 e 16 anos), no Campeonato Brasileiro de Mountain Bike XCO, em Mairiporã-SP. Na Copa Norte Nordeste de Ciclismo de Estrada, ele conquistou dois ouros e uma prata. “O ciclismo é minha forma de expressão, de conexão com as pessoas e com a natureza. Quando eu estou pedalando, e vejo a natureza, é o momento que mais me sinto realizado”, contou. Dois anos longe das competições, por causa da pandemia da Covid-19, Cristiane Duque, de Salvador, carrega na bagagem muitas conquistas no ciclismo, tricampeã brasileira máster, chegou a Palmas quase certa de que essa seria uma das suas últimas competições, deu o seu melhor e foi campeã da elite feminina na prova de circuito. “Um estímulo para continuar novamente. Venci a obesidade por meio do esporte, mas por causa do excesso de treinamento fazendo corrida eu me machuquei e tive que deixar de correr. Há 11 anos me encontrei no ciclismo e essa se tornou a minha grande paixão”.