Luís Roberto Barroso determinou nesta segunda-feira (9/12) o uso obrigatório de câmeras corporais por policiais militares em São Paulo. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) impôs também à gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) a apresentação de um “relatório mensal detalhando o andamento das medidas”. O governo paulista já tinha firmado com o STF o compromisso de implementar o uso de câmeras em operações policiais.
“Não cumprimento satisfatório“
Nesta sexta-feira, 6, governo Tarcísio já tinha dito ao STF que “as ações previstas no cronograma apresentado estão sendo implementadas de forma gradual” e que os testes estavma programados para 10 de dezembro. Mas Barroso considerou que “os dados apontam para o não cumprimento satisfatório dos compromissos assumidos pelo Estado de São Paulo”. A decisão de Barroso atende a pedido da Defensoria Púbica de São Paulo e determina também a manutenção do modelo de câmeras de gravação ininterrupta até que seja comprovada a efetividade de métodos de acionamento das novas câmeras.
Câmeras corporais
Tarcísio disse, na semana passada, que mudou de opinião sobre o uso de câmeras corporais. Diante dos recentes episódios de violência policial na capital paulista, o governador admitiu que “estava completamente errado” em sua avaliação sobre o assunto. “Eu era uma pessoa que estava completamente errada nessa questão. Então eu tinha uma visão equivocada, fruto da experiência pretérita que eu tive, que não tem nada a ver com a questão da segurança pública”, comentou o governador na quinta-feira (5/12). Depois de Tarcísio, o secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, cujo cargo está sob risco após episódios de violência policial como o que um PM joga da ponte um suspeito, também diz ter mudado de opinião, informou o portal Metrópoles.