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Novembro de 2024
Brasília

Alerta

Lira volta a dizer que "o sinal amarelo está apertado" em alerta ao governo

Presidente da Câmara repetiu expressão que já havia utilizado para alertar que poderá autorizar a tramitação de um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro

Foto: AFP / Sergio Lima
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Lira fez a declaração ao anunciar que decidiu levar para análise do plenário da Câmara a PEC que torna obrigatório o voto impresso

06 agosto, 2021

 O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, sexta-feira (6/8), durante pronunciamento, que "o botão amarelo continua apertado", repetindo uma expressão que já havia utilizado para alertar que poderá autorizar a tramitação de um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. Lira fez a declaração ao anunciar que decidiu levar para análise do plenário da Câmara a PEC 135/19, que torna obrigatório o voto impresso. A proposta havia sido rejeitada na quinta-feira (5/8) pela Comissão Especial da Câmara, por 23 votos a 11. A discussão sobre o voto impresso está no centro da grave crise entre o presidente Jair Bolsonaro e a cúpula do Judiciário. O chefe do governo tem dirigido ofensas a ministros e dito que não haverá eleições em 2022 caso o Congresso não aprove a PEC do voto impresso. Aliado do Planalto, o presidente da Câmara tem sido bastante pressionado, já que cabe a ele autorizar a tramitação dos mais de 130 pedidos de impeachment contra Bolsonaro já protocolados na Casa. "Repito, não contem comigo com qualquer movimento que rompa ou macule a independência e a harmonia entre os Poderes, ainda mais como chefe de Poder que mais representa a vontade do povo brasileiro", disse Lira. E acrescentou: "Esse é o meu papel e não fugirei jamais desse compromisso histórico e eterno. O botão amarelo continua apertado. Segue com a pressão do meu dedo, 24 horas atento. Todo tempo é tempo. Mas tenho certeza de que continuarei pelo caminho da institucionalidade, da harmonia entre os Poderes e da defesa da democracia. O plenário será o juiz dessa disputa, que já foi longe demais".