Quarta-feira, 27 de
Novembro de 2024
Brasil

Memória seletiva

Katia Abreu: “Existem dois Ernestos, um dos blogs e das redes sociais e outro aqui na CPI”

Senadora Kátia Abreu criticou depoimento de Ernesto Araújo na CPI da Covid: "Memória seletiva, para não dizer leviana"

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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Senadora Kátia Abreu (PP-TO) na CPI da Covid

18 maio, 2021

Brasília (DF) - Representante da bancada feminina, a senadora Katia Abreu (PP-TO) criticou Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores, em sua fala na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, nesta terça-feira (18/5). Araújo já havia sido chamado a atenção por "faltar com a verdade" em seu depoimento à CPI. "Eu imagino que o senhor tem uma memória seletiva, para não dizer leviana. O senhor não se lembra de nada do que importa ou do que ocorreu." “Senhor não se lembra de nada do que importa ou do que ocorreu efetivamente. A impressão que se tem é que existe um Ernesto que fala conosco e outro Ernesto na internet, nos artigos, no blog. Qual personalidade devemos considerar? Este aqui mostra um mundo cor de rosa”, disse Kátia Abreu. Sobre as agressões de Ernesto à China, a parlamentar citou dificuldades do agronegócio brasileiro devido a declarações anti-chinesas do ex-chanceler e de membros do governo de Jair Bolsonaro, como o próprio presidente e o seu filho deputado Eduardo Bolsonaro.  “Temos frigoríficos esperando habilitação. Sabe o que falta? Diplomacia, empatia. Estamos tendo prejuízos, sim. O que tivemos de aumento para a China foi em função do aumento do consumo chinês”. Em sua fala, a parlamentar afirmou que quer descobrir os “responsáveis pelas mortes dos brasileiros” na pandemia e destacou a importância da parceria com o país asiático para obtenção de vacinas e insumos. “Foi zero sua interferência como chanceler. A despeito do senhor, a China fez negócio com Butantan. Até abril, 85% das vacinas no braço dos brasileiros era da parceria com a China”. Ela solicitou que as correspondências sobre vacinas tramitadas entre MRE e Ministérios de Economia, da Ciência e Tecnologia, da Saúde, Casa Civil e desses ministros ao presidente Bolsonaro sejam encaminhadas à CPI.