Sexta-feira, 27 de
Dezembro de 2024
Política

Esclarecimentos

Rogério Cruz diz que secretaria segue padrão sobre sobras de vacinas

“Cada local faz uma relação das pessoas, dentro dos grupos prioritários, interessados em tomar a vacina e, quando sobra alguma dose, elas são avisadas pro telefone”, frisa o Prefeito

Foto: Reprodução
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“Diariamente, sobram pouquíssimas doses, já que a vacinação ocorre por agendamento e, no caso da AstraZeneca, ela retorna para a Rede de Frios, pois o frasco pode ficar até 48 horas aberto”, explica o prefeito Rogério Cruz

20 junho, 2021

Por Venceslau Pimentel

Goiânia (GO) - O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), ao comentar sobre sobras de vacinas contra a Covid-19, diz que a Secretaria Municipal de Saúde esclarece que todos os pontos de vacinação do município seguem um padrão em relação às sobras diárias de imunizantes. “Cada local faz uma relação das pessoas, dentro dos grupos prioritários, interessados em tomar a vacina e, quando sobra alguma dose, elas são avisadas pro telefone”, frisa. “Diariamente, sobram pouquíssimas doses, já que a vacinação ocorre por agendamento e, no caso da AstraZeneca, ela retorna para a Rede de Frios, pois o frasco pode ficar até 48 horas aberto”, explica o prefeito. No início do mês, o vereador Marlon Teixeira (Cidadania) apresentou requerimento endereçado ao chefe do Executivo municipal, solicitando que o Poder Público Municipal ordene e regulamente, em Goiânia, em caráter de urgência, a chamada ‘Xepa da Vacina’ – as sobras de doses dos imunizantes contra o novo coronavírus, ao final do dia, nas unidades de saúde.  Marlon sugere que a Prefeitura crie um cadastro prévio de interessados pela sobra da vacina contra a Covid-19, para que sejam chamados no dia de aplicação, nos postos de saúde, para evitar eventual perda de imunizantes.  Ele cita reportagens com relatos de que há sobra, em média, de quatro a seis doses. “Essas informações e relatos ocorrem em um momento de grande mobilização por mais vacinas para a população, o que é preocupante”, pontua. O vereador considera importante o ordenamento e regulamentação das sobras, chamadas popularmente de xepa da vacina. “Na hipótese de haver frasco de vacina aberto, as doses remanescentes devem ser aproveitadas e ofertadas a pessoas previamente cadastradas, que serão rapidamente mobilizadas pelas unidades de saúde”, explica. “Uma vez adotadas medidas, acabaremos com as filas da ‘xepa da vacina’ e com a possibilidade de desperdício”, arremata. Marlon Teixeira explica que as sobras ocorrem porque as vacinas podem vir em frascos monodoses (com uma dose) ou multidoses (com várias). Nesse último caso, ela firma que cada frasco de vacina dispõe de dez ou até 12 doses e, uma vez aberto, o conteúdo tem que ser aplicado em, no máximo, oito horas. Lembra que a redistribuição de doses remanescentes para evitar desperdício é algo comum em campanhas de imunização, mas que ganhou destaque na vacinação contra a Covid-19.

Registro
Segundo o vereador, a xepa da vacina se torna uma esperança para quem ainda não faz parte dos grupos prioritários do Programa Nacional de Imunização. Em razão da escassez de imunizantes, muitas pessoas têm buscado sobras de doses, ao final do dia, nas unidades de saúde.  Ao final de sua justificativa, o vereador diz que a Sociedade Brasileira de Imunizações defende que a aplicação de doses excedentes deve seguir critérios de boas-práticas, como transparência e registro das pessoas vacinadas no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), que faz o controle das doses aplicadas na população.