Cabul (Afeganistação) - O Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) informou, em um comunicado sexta-feira (11/2), que dois de seus jornalistas foram detidos em Cabul, capital do Afeganistão. Segundo a agência da ONU, os profissionais acompanhavam o trabalho da Acnur no país. Eles teriam sido levados por membros do Talibã junto com diversos outros trabalhadores afegãos. O motivo da prisão não foi informado. "Estamos fazendo o máximo para resolver a situação", afirmou o Acnur. "Não faremos mais comentários, dada a natureza da situação. "A Diretoria Nacional de Segurança (NDS), agência de segurança e inteligência do regime talibã, declarou que não tinha informações sobre o assunto. "Não temos informações sobre eles, quando e onde desapareceram, ainda não obtivemos nenhuma informação; estamos tentando encontrar informações", afirmou o porta-voz do NDS, Khalil Hamraz. A ONU costuma empregar jornalistas para acompanharem suas ações em todo o mundo.
Outros jornalistas presos no país
Dois jornalistas afegãos, que trabalhavam em uma emissora de televisão local, desapareceram depois de serem presos pelo Talibã. Os profissionais Waris Hasrat e Aslam Hijab, repórteres da Ariana TV, foram detidos pelo grupo e "levados para um local secreto", de acordo com a Associação de Imprensa Afegã, criada recentemente. Em 2021, outros dois jornalistas foram espancados por talibãs depois de serem presos ao cobrir um protesto pacífico de mulheres em Cabul. Em agosto do ano passado, depois de tomar o poder, talibãs executaram a tiros um parente de um jornalista que trabalhava para a agência de notícias alemã Deutsche Welle (DW) no Afeganistão, que era procurado pelo regime. Outro familiar do profissional ficou gravemente ferido, enquanto outros conseguiram fugir, de acordo com a própria DW. A agência não revelou a identidade do jornalista e nem a nacionalidade das vítimas. Ele foi transferido de volta para a Alemanha.