O empresário mineiro Esdras Jonatas dos Santos (foto em destaque), apontado como um dos principais líderes do acampamento golpista montado próximo ao 4º Comando da Região Militar do Exército, em Belo Horizonte (MG), teve mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lesa Pátria, ação coordenada pela Polícia Federal e que apura os responsáveis pelos ataques às sedes dos poderes no fatídico 8 de janeiro de 2023. A decisão do ministro Alexandre de Moraes é do último 22 de abril. A Justiça brasileira também determinou a suspensão das contas do investigado nas mídias sociais. No Instagram, Esdras Jonatas colecionava cerca de 65 mil seguidores e costumava pedir doações. Ele dizia precisou fugir com a família para os Estados Unidos, onde passa por necessidades e precisa, inclusive, comer comida do lixo. “O ministro Alexandre de Moraes está caçando a liberdade dos brasileiros. Saia para rua e venha se manifestar”, disse o empresário em um dos vídeos gravados nos EUA. Nas imagens, o empresário também aparece com cabelo e barba desgrenhados, enquanto chora e improvisa refeições no banheiro de um hotel. Contudo, apesar de ele tentar comover os seguidores com uma rotina aparentemente precária, investigadores acreditam que a realidade de Esdras Jonatas é bem diferente da retratada na internet. Ao buscar eventuais bens do casal, a Polícia Federal (PF) identificou que a esposas de Esdras, Kathy-Le Thi Thanh My Dos Santos, é dona de um Porsche Cayenne Turbo, comprado do próprio marido em 31 de agosto de 2022, por R$ 330 mil. O veículo de luxo foi apreendido no último dia 26. A coluna Na Mira apurou que Kathy-Le também teve mandado de prisão expedido pelo STF, por financiar os ataques de 8 de janeiro de 2023. A reportagem identificou que ela abriu empresa na Flórida (EUA), em março de 2023, período em que já fugia das autoridades brasileiras. O casal foi indiciado por incitação ao crime; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; e golpe de Estado. Ambos estão acompanhados do filho, de 7 anos. A família segue foragida.