Paris (França) - A final da edição 2019-20 da Champions League já está definida. PSG e Bayern de Munique se enfrentam no domingo (23/8), em Lisboa. E além do título, prêmio principal, podemos dizer que também estará em jogo o status de melhor jogador do mundo. Em uma temporada sem a tradicional Bola de Ouro, cancelada pela France Football em decorrência da pandemia da Covid-19, o The Best, entregue pela Fifa, deverá ser a única forma de se premiar o grande craque do ano. E não restam dúvidas sobre os dois favoritos a ficarem com o prêmio: Neymar, do PSG, e Robert Lewandowski, do Bayern. Esta sensação é fortalecida por vários acontecimentos: não ser ano de Copa do Mundo ajuda, assim como o adiamento da Eurocopa; a eliminação vexatória do Barcelona na Champions, em uma temporada sem títulos para os catalães, praticamente tira Lionel Messi da jogada, assim como a eliminação da Juventus nas oitavas de final faz com Cristiano Ronaldo. E o peso de terminar a campanha com o título europeu de clubes não pode ser ignorado. Dentre os últimos quatro atletas apontados como melhor do mundo pela Fifa, três deles foram campeões da Europa por seu clube no caso, o Real Madrid, meses antes (Cristiano Ronaldo duas vezes, e Luka Modric no mesmo 2018 em que era parte da Croácia vice-campeã mundial). Messi foi a última exceção, mas disputou a honraria com o zagueiro Van Dijk, do Liverpool que ainda é o detentor do título da Champions até a bola rolar domingo (23/8) entre PSG e Bayern. Na equipe francesa, Neymar desta vez não se lesionou e enfim conseguiu conduzir o Paris até a final. Foram três gols e quatro assistências nesta Champions, além das atuações magistrais nos mata-matas contra Dortmund, Atalanta e RB Leipzig - ainda que não tenha marcado gols nas quartas e semifinal. Nas outras competições nacionais, viu o PSG conquistar todas. Pelos alemães, que também dominaram 100% no âmbito doméstico, Lewandowski vem em sua melhor temporada desde que chegou à Bavária, em 2014, para defender o time que tirou de seu Dortmund o sonho europeu em 2013. Desde então, o polonês colecionou gols e recordes, mas deixou a desejar nos mata-matas de Champions, inclusive sendo taxado de "pipoqueiro" quando o assunto era o desempenho nesta fase da competição. Agora finalista, o grande protagonista do Bayern tem a grande chance de provar, através do título que ainda não tem, que está no mais alto patamar dos craques da atualidade. Em sua carta de apresentação, Lewandowski esbanja números espetaculares nesta temporada: 55 gols considerando todas as competições, sendo 15 deles divididos entre todos os seus nove duelos na Liga dos Campeões – onde persegue o recorde de 17 tentos, de Cristiano Ronaldo, que marcam o maior número para um artilheiro em uma única edição do certame. Isso sem falar nas nove assistências, sendo cinco delas no torneio europeu. Com Neymar, a situação foge mais da frieza dos números. Questionado pelo seu profissionalismo e por ter, antes desta temporada começar, pedido para sair do PSG, ele precisou reconquistar a confiança de torcedores, dirigentes e companheiros de time. Conseguiu fazer isso e, nesta reta final de temporada, puxou para si a responsabilidade de liderar o PSG ao tão sonhado título europeu. E tem feito isso como jogador mais influente do time. Na equipe francesa, Mbappé (artilheiro do PSG nesta Champions, com cinco tentos) também corre por fora - ainda que neste momento o grande personagem seja, indubitavelmente, Neymar. Se for o grande nome da final, Mbappé até pode sonhar com o The Best. Se isso não acontecer, é possível prever com grande possibilidade de acerto que o cobiçado prêmio individual vai ficar com Neymar ou Lewandowski.
Fontes: Stats Perform News / www.poptvnews.com.br