Madri (Espanha) - Fora do Brasil desde 2019, quando se intensificaram os ataques e as ameaças de morte, Jean Wyllys vive com o constante sentimento de solidão. O ex-deputador federal dá aulas, investe em pesquisa, para o seu doutorado, sobre o impacto das fake news na política e alivia o tempo desenhando e curtindo a companhia de um cachorrinho adotado. "Daí veio o exílio, que foi muito importante porque tem me mantido protegido, me mantenho vivo, mas também é uma forma de solidão. Foi um afastamento dos meus amigos, da minha família, do meu país, das minhas paisagens, da minha língua, para continuar vivo. Isso provoca uma contradição. Para completar, de 2019 para 2020 a gente começou a viver uma pandemia. Dentro desse isolamento, dessa solidão do exílio, veio outra solidão, que é a solidão da pandemia, de ser um homem só, de viver só, e aí o meu cachorrinho veio como parte desse enfrentamento", disse Jean Wyllys em entrevista à "Agência Diadorim".
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