Oklahoma (EUA) - Um prisioneiro condenado à morte vomitou e teve convulsões durante sua execução na quinta-feira (28/10) em Oklahoma, nos Estados Unidos, onde seus algozes usaram um coquetel letal suspeito de causar dores excruciantes. John Grant, um afro-americano de 60 anos, foi condenado à morte em 2000 pelo assassinato de uma funcionária da prisão. Depois de receberem aval da Suprema Corte, as autoridades carcerárias do conservador estado rural do sul injetaram nele três substâncias e sua morte foi confirmada às 16h21 (18h21 de Brasília). O protocolo já havia sido aplicado em 2014 e 2015, mas o aparente sofrimento dos condenados levou o estado a suspender temporariamente as execuções. Grant “começou a convulsionar logo após a injeção do primeiro produto”, disse um jornalista da agência americana AP, que assistiu à execução. Ele teve cerca de 20 convulsões e vomitou várias vezes antes de morrer, acrescentou. “Presenciei 14 execuções, nunca tinha visto isso”, comentou o jornalista. A situação de Grant imediatamente atraiu fortes críticas. “Oklahoma sabotou suas três últimas tentativas de execução antes de sua pausa de seis anos, mas aparentemente não aprendeu nada com essa experiência”, disse à AFP Robert Dunham, que dirige o Centro de Informações sobre Pena de Morte (DPIC). Há poucos dias, os serviços penitenciários de Oklahoma, no entanto, afirmaram em um comunicado que seu protocolo era “humano e eficaz” e que as execuções poderiam recomeçar. No entanto, para o advogado de vários condenados, Dale Baich, ainda havia “sérias dúvidas” sobre o sofrimento causado pelo coquetel letal e sua conformidade com a Constituição, que proíbe as “penas cruéis ou incomuns”. Na quarta-feira (27/10) um tribunal de apelação decidiu em favor de Grant e suspendeu a execução, mas as autoridades de Oklahoma recorreram imediatamente à Suprema Corte dos EUA em busca de reverter a decisão. Sem explicar os motivos, a mais alta corte americana deu luz verde à execução na quinta-feira Seus três juízes da ala progressista discordaram da maioria conservadora.
Fontes: Jornal de Brasília / www.poptvnews.com.br