Segunda-feira, 23 de
Dezembro de 2024
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Contradição

Bolsonaro elogia Maduro por votos em papel: "Deu uma lição de moral"

O ex-presidente voltou a atacar urnas eletrônicas e eleições no Brasil, em visita à Argentina para a posse de Javier Milei

Valter Campanato/Agência Brasil - 18.10.2023
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Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República

08 dezembro, 2023

Durante uma  entrevista concedida à Rádio Mitre nesta sexta-feira (8/12), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está na Argentina para a posse de Javier Milei no próximo  domingo (10/12), voltou a criticar o sistema eleitoral brasileiro e as urnas eletrônicas. Dessa vez, porém, Bolsonaro surpreendeu ao elogiar Nicolás Maduro,  presidente da Venezuela, por adotar votos em papel durante o plebiscito do último domingo (3/12) sobre a  anexação de Essequibo, território em disputa com a Guiana. "Nem na Venezuela se tem o voto eletrônico", disse. "Nesse referendo agora de Essequibo, que é um assunto bastante polêmico, o Maduro deu uma lição de moral no Brasil falando: olha, aqui a eleição é na máquina, mas não é como em outros países, aqui tem o papel também", destacou Bolsonaro. "Até que enfim o Maduro acertou uma; acertou uma que é o voto no papel". Jair Bolsonaro chegou a Buenos Aires na noite de quinta (7/12), a convite de Milei, para acompanhar sua  posse como presidente da República. A ideia da equipe do argentino é que o brasileiro esteja presente nas cerimônias fechadas do Congresso Nacional e da Casa Rosada, mesmo sem exercer nenhum cargo público. Recentemente, Bolsonaro tornou-se inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido às suas críticas ao sistema eleitoral no Brasil. Na Argentina, o ex-presidente deu a resposta sobre o voto impresso após ser questionado pelo âncora sobre a indicação de Flávio Dino (PSB) por Lula (PT) para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). "Inclusive o Flávio Dino, quando perdeu eleições em 2010 aproximadamente, ele criticava as urnas, falava que não eram confiáveis e eram possíveis de serem fraudadas", disse Bolsonaro. "E por eu ter feito críticas com comprovação no mesmo sentido também foi uma causa da minha inelegibilidade".