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Dezembro de 2024
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Críticas

"100 mil mortos no Brasil, nenhuma palavra de Bolsonaro" é o título da matéria da Agência France Presse (AFP)

O periódico francês Le Parisien publicou que “o governo gerencia a pandemia de modo caótico” com a saída de dois ministros da Saúde

Foto: Alexandre Schneider/Getty Images
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Presidente Jair Bolsonaro (sem partido)

09 agosto, 2020

A marca de 100 mil mortes por coronavírus registrada no Brasil foi noticiada pela imprensa europeia, que criticou o silêncio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o avanço da pandemia no país. "100 mil mortos no Brasil, nenhuma palavra de Bolsonaro" é o título da matéria da Agência France Presse (AFP), informando que "o presidente se contentou em postar um tuíte destacando as pessoas que se curaram e para celebrar a vitória de seu time de futebol preferido", em referência à conquista do Palmeiras no Campeonato Paulista. O periódico francês Le Parisien publicou que “o governo gerencia a pandemia de modo caótico” com a saída de dois ministros da Saúde. "O próprio presidente foi contaminado pelo vírus no mês passado, sempre se opôs às medidas de confinamento em nome da preservação da economia e tratou de 'ditadores' os governadores dos Estados que optaram pela medida", afirmou o Le Parisien. Ainda na França, o jornal Le Monde informou que a contagem de casos de Covid-19 no Brasil deve ser “relativizada” por causa do baixo número de testes. “Os especialistas acreditam que o total de pessoas contaminadas poderia ser até seis vezes maior”, ressaltou. Em Portugal, o jornal Público destacou uma declaração do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e escreveu que uma das características do governo Bolsonaro é "uma profunda incapacidade de empatia com os que têm ficado doentes e que morrem, que são sobretudo os mais pobres". O jornal britânico The Guardian publicou uma entrevista com a bióloga brasileira Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência, que apontou o principal culpado pelas 100 mil mortes por Covid-19 no Brasil: Jair Bolsonaro. "Como presidente, ele carrega essa responsabilidade. O comportamento dele vem sendo deplorável", criticou a bióloga. "Fico realmente decepcionada ao ver meu país desse jeito. Temos a pior liderança no pior momento possível. Como cientista e cidadã, fico tão triste ao ver como esse governo afundou meu país", reiterou.

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