O secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, lamentou a morte de parentes que morreram soterrados por um deslizamento de uma encosta, em Minas Gerais. Quatro familiares e o motorista do veículo voltavam de uma viagem de férias quando foram atingidos. “Que Deus, na sua infinita bondade, conforte nossa família e os receba”, escreveu. O secretário estava pedindo ajuda após o carro, com casal de primos e filhos, ser visto pela última vez no sábado (8/1). Ele disse que estava há dois dias sem conseguir contato com os familiares e pedia para que quem soubesse de informações, que entrasse em contato com a polícia. O primeiro corpo localizado pelos bombeiros de MG, na segunda-feira (10/1) foi o da Ana Alexandrino Santos, de 3 anos, que estava no carro com o pai dela, Henrique Alexandrino dos Santos, de 41, com a mãe, Deisy Lúcia Cardoso Alexandrino dos Santos, de 40, e o irmão Vitor Cardoso Alexandrino Santos, de 6. No carro também estava o motorista Geovane Vieira Ferreira, de 42 anos. O carro foi arrastado pela lama por cerca de 400 metros e foi "completamente destruído". Com o impacto, a menina foi arremessada para fora do veículo. A Polícia Militar, a perícia da Polícia Civil e 10 militares do Corpo de Bombeiros participaram das buscas. Uma retroescavadeira esteve no local para agilizar os trabalhos. Parte do carro da família foi encontrado por volta de 18 horas. De acordo com o secretário, a família será velada e enterrada na cidade de Paulo Cândido (MG), onde morava. A avalanche de lama que soterrou o carro da família também destruiu uma casa no condomínio no sábado (8). O deslizamento de terra arrastou o imóvel por vários metros. Só restaram pedaços do talhado e alguns móveis. Ninguém se feriu (Veja imagens dos destroços acima).
Família desviou de transbordamento de dique
De acordo com Cibele Batalha Soares, prima de Henrique, a família estava desaparecida desde sábado (8/1). Eles saíram da cidade de Paula Cândido, na Zona da Mata mineira, em direção ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins. Por volta das 13h30, Deisy ligou para familiares avisando que iria passar por outro caminho devido à interdição da BR-040, mas não informaram o trajeto. Foi a última vez que os parentes tiveram notícia deles.. Às 15 horas, uma câmera do pedágio da Via 040, em Itabirito, flagrou o carro deles enquanto passava na rodovia. "A todo momento a gente achava que eles poderiam ter ficado ilhados, até abrigados em uma casa, em algum lugar que tivesse sem sinal. A gente sempre pensa num acidente, mas a gente achava que talvez eles estivessem seguros, mas infelizmente não foi isso", lamenta Cibele.