Tatiana Campbell / Colaboração para o UOL no Rio de Janeiro (RJ)
Rio de Janeiro (RJ) - Morreu na madrugada de quinta-feira (10/12) a jornalista Eloisa Leandro, 41 anos, após realizar um procedimento estético em uma clínica da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. Segundo familiares, ela teria sofrido uma parada cardíaca após se submeter a uma lipoaspiração. O enterro de Eloisa foi marcado para amanhã no Cemitério Parque da Paz, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio. A Polícia Civil investiga o caso. Após passar pelo procedimento, a jornalista começou a passar mal durante a transferência da sala de cirurgia para o quarto. Amigos de Eloisa disseram ao UOL que ela tomava remédios controlados para o coração. Pelas redes sociais amigos e familiares de Eloisa Leandro prestaram homenagem à jornalista. Alguns deles citaram o filho que ela perdeu em 2011. "Elô, você vai morar para sempre no meu coração! Você que me ensinou tanto. Obrigada por tudo! Prepara tudo que quando a gente se encontrar, quero aquela swingueira da Bahia! Por aqui, vou tentar botar em prática tudo o que a gente desejou", escreveu uma amiga. "Sei que está agora em um lugar melhor que esse, ao lado do seu amado filho. Que sua luz seja ainda mais brilhante e intensa. Estará sempre em nossos corações, a trip friends não será mais a mesma sem você aqui com seu amor, humor e generosidade", desabafou outra amiga da jornalista. "Com o coração apertado e triste que escrevo, estou ainda sem palavras. Só sei que sinto. Amiga... Elô, você deixou lindas e preciosas lembranças, mas junto com elas ficará eternamente grudada a saudade e a falta incomparável que fará entre nós com seu coração aberto, fala fracam sincera e alegria sem igual. Difícil acreditar que você se foi assim tão repentinamente", lamentou uma amiga de Eloisa.
Morte do filho
A vida de Eloisa Leandro foi marcada pela luta para encontrar os assassinos do filho único, Victor Hugo da Silva Braga, morto aos 15 anos. O crime aconteceu em julho de 2011, no bairro Raul Veiga, em São Gonçalo, próximo à casa do adolescente. O menino voltava de uma lanchonete na companhia de amigos quando foram abordados por criminosos.
ABI lamentou a morte
A Associação Brasileira de Imprensa emitiu uma nota de pesar pela morte da jornalista. De acordo com a ABI, Eloisa já passou por redações de veículos como A Tribuna e O São Gonçalo e atualmente trabalhava na área da assessoria de imprensa. A jornalista também atuou como assessora no Comitê Rio 2016. O presidente da ABI, Paulo Jeronimo, que trabalhou com a profissional em Niterói, falou sobre a dor da perda da colega de profissão e amiga, que era candidata de conselheira suplente na próxima eleição para 1/3 do Conselho Deliberativo."Trabalhou comigo durante uns 20 anos. Foi uma brilhante repórter da Tribuna de Niterói, do São Gonçalo e de sucursal do JB em Niterói. Depois partiu para carreira solo. Foi assessora imprensa de várias empresas. Há uns 4 anos entrou para a ABI e era candidata de conselheira suplente na próxima eleição. Passou por uma tragédia há alguns anos: seu único filho de 15 anos foi assassinado por engano por um marginal em Niterói. Apesar disso, sempre ostentou um belo sorriso e uma alegria contagiante devido à sua crença espiritual. Era uma grande amiga. Fiquei chocado com a notícia de sua morte. E o que é pior: com essa pandemia a gente não pode nem se despedir dela. Descanse em paz, Eloisa", disse Paulo Jeronimo.
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