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Opinião

Caiado ataca o crime organizado e põe fim à Disneylândia de corrupção em Goiás

“Bandido não tem mais padrinho maior que a força do Estado”, explica Ronaldo Caiado

Foto: Secom / Governo de Goiás
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Governador de Goiás Ronaldo Caiado (DEM)

14 julho, 2020

p/  Silvana Marta

Os resultados positivos alcançados pelas forças segurança no combate à corrupção no Estado divulgados hoje pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) e pelo Secretário de Segurança Pública Rodney Miranda impressionam.  Os indicadores de criminalidade do 1.º semestre de 2020 mostram que os crimes de homicídio diminuíram em 16,52%, e os latrocínios alcançaram uma redução de 37,14%, comparados ao mesmo semestre de 2019. E esta redução é ainda maior para roubos de veículos (-38,29%), roubos contra pedestres (-29,13%); roubo de cargas (-34,95%); roubo ao comércio (-18,31%); roubo em residências (-19,58%), e no quesito roubo à instituições financeiras, Goiás alcançou a marca recorde de -100%.  Também no 1.º semestre de 2020 foram apreendidas mais de 24 toneladas de drogas. Ademais, foram deflagradas mais de 80 operações de combate à corrupção e ao crime organizado, além de terem sido bloqueados e recuperados mais de 1 bilhão de reais em bens.

Deccor

Hoje (14/7) o governador de Goiás assinou ato de criação da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), e foi categórico: “Bandido não tem mais padrinho maior que a força do Estado”. Isso porque, segundo ele, havia quadrilhas que inibiam o combate à corrupção e ao crime organizado no Estado.  O governador Ronaldo Caiado deu um recado curto e grosso : “acabou a era em que governos goianos apadrinhavam quadrilhas e passavam a mão na cabeça de bandido”.

Ele reeditou em 2020 o mesmo refrão de 1990, quando concedeu uma entrevista ao jornalista Raimundo Lira: “Se um dia eu for  governador de Goiás, bandido vai ter que mudar de profissão ou de endereço” - este refrão de Ronaldo Caiado se institucionalizou. 

Essa frase institucionalizou e virou mote do governo Caiado. Ele ainda destacou que  “a criminalidade vê a união de todas essas forças e se intimida com a capacidade de ação do Estado como um todo, com seus Poderes e seus órgãos independentes, podendo atuar firmemente contra a corrupção e o crime organizado, que tanto tem causado prejuízos à nossa população”. Ao citar a luta por recuperar o Estado dos prejuízos causados pelas malversações do passado, o governador lembrou que “as raízes de 20 anos são raízes fortes, longas, sugaram muito e se acharam resistentes a tudo”. E rendeu elogios a seus auxiliares: “mas não esperavam encontrar pela frente um time tão coeso, tão consciente de suas responsabilidades de retornar à população do Estado de Goiás aquilo que é direito do nosso povo”.

Momento histórico

O Estado vive um momento histórico de combate à corrupção e ao crime organizado, observou o  procurador-geral de Justiça, Ayton Vechi, que disse ainda que a criação da Deccor evidencia a coragem do Governo de Goiás no trato com o tema. “A criação desta delegacia é a consolidação de uma política de Estado,  e o trabalho desenvolvido por este governo expressa a sua preocupação com a defesa da lei e dos direitos fundamentais do povo goiano”, disse Odair José Soares, delegado-geral da Polícia Civil. 

Disneylândia do crime organizado

O governador Ronaldo Caiado fechou a cerimônia de criação da Deccor dizendo que Goiás agia institucionalmente como uma ‘Disneylândia do crime organizado’, ao se referir à maneira leviana como governos anteriores conduziam a administração pública, quando transformaram Goiás em um palco de Operações deflagradas contra membros da alta cúpula. O próprio ex-governador Marconi Perillo foi preso na Operação Cash Delivery enquanto prestava depoimento na sede da Polícia Federal em Goiânia, no âmbito de investigações, suspeito de receber 12 milhões em propina de empreiteiras para os pleitos eleitorais em 2010 e 2014. Ronaldo Caiado encerrou a cerimônia enfatizando que “não tem nenhuma quadrilha acobertada que possa enfrentar o governo enquanto estivermos à frente do Estado de Goiás”.

*Silvana Marta  de Paula Silva, Advogada e Jornalista 

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