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Ataque

Acampamento do MST sofre ataque e tem casas e plantações incendiadas na região norte do TO

Essa é a segunda vez em menos de um mês que os moradores do acampamento Clodomir Santos de Morais, em Ipueiras, são vítimas da violência

Foto: Divulgação/MST
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Acampamento do MST foi atacado duas vezes em menos de um mês, no norte do Tocantins

07 outubro, 2022

Um ataque ao acampamento do Movimento Sem Terra (MST), Clodomir Santos de Morais, deixou casas, pertences e plantações destruídas em Ipueiras, na região centro-sul do Tocantins. O crime aconteceu no último sábado (1º/10), véspera das eleições, mas a informação só foi divulgada na quinta (6/10) pelo MST nacional. O fogo, além de destruir as plantações dos agricultores, também danificou parte da vegetação nativa. Esta é a segunda vez que o acampamento sofre com ataques de incêndio em menos de um mês, o mais recente ocorreu na madrugada, dia 21 de setembro deste ano. As famílias, ao perceberem o fogo, se mobilizaram e conseguiram controlar as chamas, evitando mais estragos. Elas acreditam que os criminosos acessaram o local por meio de um lago. O MST entende que os fatores que motivam estas ações estão relacionadas ao histórico de criminalização contra os movimentos sociais, a conjuntura política existente atualmente no país e o enfrentamento que os Sem Terra vem travando contra os grileiros de terra que querem a todo custo, expulsar as famílias da área.   A área encontra-se em conflitos e tramita um processo na esfera judicial desde 2014, segundo o MST. “Sobre o ataque, exigimos que as autoridades tomem as devidas providências, encontrem os elementos causadores dessa tragédia e que a justiça seja feita. Pois, queremos apenas trabalhar, produzir e viver em paz na terra, lutando para ter acesso a todos os direitos básicos que a nossa Constituição Federal nos garante”, afirmam os Sem Terra do acampamento. A Polícia Militar informou que não foi acionada para esta situação. Sendo assim, não há registro por parte da PM. A imprensa  procurou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) para saber quais providências estão sendo tomadas, mas a pasta disse que até a tarde desta sexta-feira (7/10) o caso não tinha sido registrado em uma delegacia da Polícia Civil.