Goiânia (GO) - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), anunciou durante uma live na sexta-feira (29/1) que não vai decretar ponto facultativo aos servidores estaduais no carnaval deste ano. O objetivo é evitar que as pessoas se aglomerem, aumentando o número de casos de Covid-19. Para o político, qualquer feriado alongado provoca, indiscutivelmente, o aumento da contaminação e sobrecarga nos hospitais. “O carnaval não é um feriado nacional, é um ponto facultativo, e, como tal, quero avisar a todas as pessoas que não teremos, no estado de Goiás, ponto facultativo nem no dia da terça nem na segunda-feira que antecede a data que se festejava o carnaval”, afirmou. Governo federal decide que os dias 15 e 16 de fevereiro serão ponto facultativo nos órgãos públicos federais O carnaval é comemorado no dia 16 de fevereiro. Geralmente, os foliões emendam quatro dias de festa - da noite de sexta-feira até terça-feira. Normalmente, nas repartições públicas, o ponto facultativo ainda se estendia até o início da tarde de quarta-feira de cinzas. Segundo Caiado, o cancelamento do ponto facultativo foi discutido com as prefeituras na noite de quinta-feira (28/1). Ele espera ter adesão dos municípios. Caiado destacou que as equipes da Saúde estão “sobrecarregadas” nas unidades de saúde pelo estado. O governador afirmou que Goiás foi o estado que mais recebeu pacientes de Manaus diante do colapso no sistema de saúde na capital amazonense, ao mesmo tempo em que a ocupação de leitos reservados para casos de Covid-19 está alta. “Estamos sobrecarregando as equipes a quase o esgotamento de trabalho. Quem está brincando hoje com esta doença poderá estar chorando a morte de um parente no hospital amanhã”, disse. No início da tarde da sexta-feira (29/1), 88% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) reservados para casos de Covid-19 estavam ocupados, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde. A Secretaria Estadual de Saúde já computou mais de 7,3 mil mortes no estado em decorrência da infecção pelo coronavírus. O órgão registrou mais de 344 mil casos da doença em Goiás. O governo estabeleceu uma Lei Seca para evitar que a doença se propague ainda mais. Algumas das maiores cidades aderiram à medida, mas há municípios que estão fazendo os próprios decretos para regulamentar funcionamento dos comércios, bares e restaurantes.
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