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Recusa

Em Goiás mais de 400 servidores da educação se recusaram a tomar vacina contra a Covid-19

Secretaria Estadual de Educação disse que vai cobrar teste de coronavírus a cada 15 dias, que deverá ser custeado pelo próprio servidor. Pasta diz que 20% dos servidores receberam a 2ª dose

Fotos: Divulgação
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As pessoas que se recusam a tomar a vacina têm que enviar junto com a folha de ponto, para mim, um teste de Covid de 15 em 15 dias, que ela vai atrás e vai fazer", declarou Gavioli

18 agosto, 2021

Goiânia (GO) - Dados da Secretaria Estadual de Edução (Seduc) de Goiás mostram que 415 servidores da área se recusaram a tomar a vacina contra a Covid-19. A titular da pasta, Fátima Gavioli, disse que a situação preocupa a secretaria, mas que providências são tomadas contra os servidores, como exigir um teste de coronavírus a cada 15 dias, custeado pelo próprio funcionário. "O estado não vai se responsabilizar em testar a pessoa que não quis se vacinar. As pessoas que se recusam a tomar a vacina têm que enviar junto com a folha de ponto, para mim, um teste de Covid de 15 em 15 dias, que ela vai atrás e vai fazer", declarou Gavioli.
A secretária afirmou ainda que 20% dos servidores estão vacinados com 2ª dose. A previsão da pasta é chegar em 30 de agosto com 59% de vacinados e alcançar a imunização de toda a classe em 30 de setembro. Os professores foram incluídos como prioridade no plano de vacinação em abril e começaram a receber a vacina no início de maio. O assunto vem sendo debatido dentro do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sitego). Em nota, a entidade disse que é inaceitável que os trabalhadores que atuam no campo de ensino das diversas áreas do saberes, inclusive das ciências, se recusem a tomar o imunizante. “Ao se negar, o profissional não se nega apenas ao direito individual , mas a uma obrigação em defesa do interesse coletivo, ao passo que deslegitima o seu próprio saber, enquanto trabalhador da educação. O Sintego informou que continua cobrando a 2ª dose para toda a categoria e convoca ainda aqueles que não se vacinaram por negação à ciência, "a cumprir seu papel enquanto educadores e se vacinarem". Gavioli afirmou no final de julho que no caso dos professores não efetivos, é possível que precisem ser substituídos caso recusem a vacina. Há duas semanas, a pasta contou 1.092 servidores que ainda não tinham se vacinado. A secretária disse ainda que algumas situações devem ser analisadas caso a caso. Segundo ela, há, por exemplo, uma religião cuja crença não permite que o membro receba transfusão de sangue, doe sangue ou seja vacinado contra qualquer doença.

Volta às aulas
As atividades presenciais nas escolas estaduais foram suspensas em março de 2020, porém, foram retomadas em 2 de agosto, após as férias escolares de julho. A pasta detalhou que segue as recomendações do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública para Enfrentamento ao Coronavírus do Estado de Goiás (COE/GO). Portanto, respeita o limite “de 30% do número de alunos considerando-se a capacidade de cada sala de aula e da escola”.