Goiânia (GO) - A família da Flaviane Ferreira dos Reis, de 23 anos, que morreu após ser atingida por uma linha de cerol fez um protesto para pedir punição "mais severa" para quem insiste em usar linhas cortantes, em Goiânia. A mãe dela, Vanda Aparecida dos Reis pediu também mais consciência da população.
“Isso mata. É igual arma, não tem defesa. Não quero mais que ninguém passe pelo o que estamos passando”, contou.
A jovem, que havia acabado de se formar em pedagogia, teve o pescoço cortado pela linha enquanto pilotava uma motocicleta na BR-060, no último dia 3 de julho. Um helicóptero do Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado para socorrê-la, mas ela morreu no local. O protesto aconteceu sábado (17/7), depois de 15 dias da tragédia e teve apoio do Departamento de Trânsito de Goiás (Detran-GO). Os familiares usavam uma camiseta com uma foto da jovem e carregavam cartazes com mensagens. O grupo de amigos, familiares e motociclistas percorreu várias ruas da capital. Em Goiás, o uso do cerol é crime. De acordo com a certidão de óbito do Instituto Médico Legal (IML), Flaviane teve um trauma cervical causado pela linha de cerol.
Investigação
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os agentes perceberam que a linha estava entre as grades do meio e do lado direito da rodovia, e que a jovem não deve ter visto o fio na pista. No dia da morte, a corporação não foi encontrado ninguém que estivesse soltando pipa nas imediações, já o material foi recolhido para perícia diante da Polícia Técnico Científica. A Polícia Civil informou neste sábado (17) que segue investigando o caso e que já ouviu a família da jovem e testemunhas para tentar descobrir quem usou a linha que provocou a morte da jovem.