O governador de Goiás Ronaldo Caiado (UB) decidiu, neste domingo (8/1), enviar forças policias do estado para ajudar na segurança no Distrito Federal após bolsonaristas radicais invadirem o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Segundo a assessoria de imprensa, Caiado conversou com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e alinhou o envio de tropas. A assessoria não soube informar a quantidade de policiais que será disponibilizada até a última atualização desta reportagem. A equipe afirmou que Flávio Dino também alinhou o reforço com outros governadores e que Goiás, pela proximidade geográfica com o DF, tem facilidade de chegar ao local. Pelas redes sociais, Caiado afirmou que o ato é "inadmissível, inaceitável e condenável ". O governador também reforçou que a "democracia não pode ser posta à prova a cada resultado eleitoral, por aqueles descontentes com o resultado das urnas". "O que aconteceu hoje em Brasília é a tentativa da barbárie se sobrepor às nossas instituições democráticas. Algo absolutamente inadmissível, inaceitável e condenável sob todos os aspectos", escreveu.
"Já venci e já perdi eleições e nunca, em nenhuma hipótese, aventei a possibilidade de questionar qualquer resultado", completou o governador. Os bolsonaristas chegaram a entrar em confronto com a Polícia Militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Os participantes de atos antidemocráticos estavam com pedaços de paus e pedras. Policiais militares tentaram conter os bolsonaristas com uso de spray de pimenta, no entanto, eles invadiram a área de contenção que cercava o Congresso Nacional. Imagens do local mostram que um veículo da Polícia Legislativa caiu no espelho d'água do Congresso.Vidraças da sede do Congresso foram quebradas. Os bolsonaristas radicais alcançaram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa. Os policiais também usaram bombas de efeito moral na tentativa de conter os participantes do ato antidemocrático. Até a última atualização desta publicação, a Polícia Militar ainda não havia se manifestado sobre a invasão. O Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal para manter a ordem após a invasão. Lula anunciou o decreto na cidade de Araraquara, interior de São Paulo, durante visita para avaliar estragos causados pelas chuvas no município. O decreto vai vigorar até 31 de janeiro. Com a intervenção, os órgãos de segurança pública do Distrito Federal ficam sob responsabilidade do secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia Cappelli, nomeado como interventor, subordinado a Lula.
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