Goiânia (GO) - Considerada uma das três melhores orquestras do país, a Filarmônica de Goiás segue como prioridade para o Governo do Estado. Por meio da Secretaria de Cultura, o governador Ronaldo Caiado (DEM) liberou, em meados de março, R$ 1,1 milhão, que será distribuído em seis parcelas a serem pagas de janeiro até junho. A verba contemplará o projeto "Filarmônica de Goiás - A Orquestra do Coração do Brasil - 41 anos tocando o coração das pessoas". De acordo com o cronograma de pagamento, os músicos têm acesso ao dinheiro após fornecerem a prestação de contas. Até o momento, os artistas receberam em fevereiro o pagamento referente ao mês de janeiro. O repasse está em dia. A preocupação do Executivo com o setor cultural não é de agora. Em dezembro do ano passado, sob determinação do governador, foram recontratados, pelo prazo de seis meses, os 49 músicos da Orquestra Filarmônica de Goiás que haviam sido dispensados. A medida foi um projeto emergencial para resolver o impasse gerado com a exoneração dos profissionais, recomendada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em outubro. Com a ação, o governo estadual garantiu os postos de trabalho dos artistas até que seja finalizado o processo para contratar uma organização social (OS) que realizará a gestão do corpo sinfônico. A Orquestra também foi beneficiada com a ordem de pagamento, assinada por Caiado em fevereiro deste ano, no valor de R$ 2,561 milhões, oriundos do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás (Fundo Cultural), referente a débitos atrasados de 2018. Por meio do instituto que era responsável pelos músicos naquele ano, a Filarmônica recebeu R$ 1.247.449,10.
Espaços Culturais
Preocupado com as consequências econômicas ocasionadas pela pandemia da Covid-19, Caiado também determinou o lançamento de edital de Chamamento para Dinamização de Espaços de Cultura do Fundo Cultural de Goiás. Ele autorizou a destinação de R$ 2 milhões da Lei Orçamentária Anual da Secult para apoiar locais privados ou municipais que promovam atividades culturais, bem como geração de renda aos trabalhadores da cultura. De acordo com o secretário interino da Secult, César Moura, os editais foram pensados a partir das diversas reuniões com representantes do segmento e visa ser mais uma via de apoio no enfrentamento à atual crise sanitária enfrentada em todo o mundo. “Com os espaços sem poder receber público, é preciso garantir a subsistência das famílias que dependem desses postos de trabalho”, ressalta. A previsão é de que sejam mantidos 1.050 empregos diretos com esta ação do Governo de Goiás. As inscrições, que devem ser abertas ainda este mês, serão pela plataforma Mapa Goiano. A Secult fará a divulgação dos prazos e disponibilizará as demais informações em suas redes sociais, site institucional e por meio da imprensa.
Funcionamento
Serão destinados R$ 1,250 milhão para contemplar mais de 50 espaços como teatros, galerias de arte, cinemas, centros culturais, entidades culturais cineclubes e pontos de cultura privados (com ou sem fins lucrativos), ou públicos – ligados às prefeituras do interior goiano. Aos espaços públicos municipais, será reservada cota preferencial de 50%. A estimativa é de que pelo menos 600 empregos diretos serão beneficiados com os recursos; dentre eles, equipe de apoio às atividades artísticas. Os R$ 750 mil restantes serão aplicados em nove projetos que visem apoiar eventos e festivais culturais produzidos para a internet nas áreas do circo, dança, artes visuais, música, teatro, letras e cinema. A previsão é de que pelo menos 450 empregos diretos sejam contemplados com os recursos. Também haverá cota preferencial de 50% para projetos municipais, voltados ao fomento no interior goiano.