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Vacina

Vacina chinesa começa a ser testada no Brasil em 20 de julho

Vacina da empresa chinesa Sinovac começa a ser testada em voluntários de São Paulo; o DF também está na rota de testagem, mas ainda não há data para o início do ensaio clínico

foto: Nicolas Asfouri/AFP
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Teste será feito com 9 mil voluntários no Brasil

06 julho, 2020

São Paulo (SP) - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que os testes com a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac serão iniciados no dia 20 de junho. Os voluntários serão profissionais da saúde. 

"É um passo importante na vida do país e na vida e saúde de milhões de brasileiros. Torcemos também para que a vacina de Oxford produza resultado e possa ser produzida para termos duas vacinas em condição de imunização de milhões de brasileiros", disse o governador de SP durante entrevista  segunda-feira (6/7).

A CoronaVac, como é chamada a vacina, já foi administrada com sucesso em cerca de mil pessoas na China. Antes, foi aprovada em testes feitos em macacos. No Brasil, há a expectativa de aplicar a vacina em 9 mil voluntários em 12 centros de pesquisa nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.  Esta é a terceira fase de testes da CoronaVac. Caso seja aprovada, a Sinovac e o Instituto Butantan firmarão acordo de transferência de tecnologia para produção em escala industrial e fornecimento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Brasil.

Testes no DF

O Distrito Federal também está na rota de testagem da vacina, no entanto,ainda não há data para o início do ensaio clínico, informou o infectologista Gustavo Romero, que coordena o estudo pelo Núcleo de Medicina Tropical da Universidade de Brasília (UnB). A execução do projeto vai contar com o apoio do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná também receberão doses para a imunização de voluntários.

Voluntários para os testes

A convocação dos participantes está programada para começar em 13 de julho. Médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde que atuam ou atuaram na linha de frente da covid podem se candidatar, desde que não tenham contraído o vírus ainda.  Outra restrição é que o voluntário não devem participar de outros estudos e não podem estar grávidas ou planejarem uma gravidez nos próximos três meses. Além disso, há impossibilidade de participar candidatos com doenças instáveis ou que precisem de medicações que alterem a resposta imune.  O estudo será randomizado, ou seja, quando metade do grupo recebe a dose da vacina e a outra metade uma injeção com efeito placebo, a fim de conseguir mapear qual é, de fato, a eficácia da vacina. A CoronaVac foi desenvolvida a partir de cepas inativas do coronavírus.  O Instituto Butantan vai divulgar nos próximos dias o material de recrutamento e um aplicativo para celular capaz de identificar se o profissional da saúde que se voluntariou atende os critérios estabelecidos.

"A aprovação do ensaio clínico de fase III é uma demonstração de que a parceria Butantan e Sinovac é uma colaboração eficiente para avançar, oferecendo esperança para salvar vidas em todo o mundo", comentou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas.

Se a vacina for efetiva, o Instituto Butantan vai receber da Sinovac, até o fim do ano, 60 milhões de doses para distribuição.  Esta é a segunda vacina a receber autorização para testes no Brasil. Em junho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a realização de ensaios clínicos de uma vacina produzida na Universidade de Oxford, na Inglaterra.

Fontes: Correio Braziliense / www.poptvnews.com.br