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Vacina dose única contra o Covid-19: Janssen pede uso emergencial à Anvisa

Brasil tem acordo de compra de 38 milhões de doses da Janssen para o segundo semestre de 2021

Foto: Divulgação
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A Anvisa informou que já começou a triagem dos documentos enviados pela Janssen

25 março, 2021

Na  quarta-feira (24/3), a Janssen enviou à Anvisa o pedido de uso emergencial da vacina contra a covid-19. O imunizante desenvolvido pela farmacêutica da Johnson&Johnson é o único aplicado em dose única atualmente. A Anvisa informou que já começou a triagem dos documentos enviados pela Janssen. Caso falte algum dado importante, a agência reguladora pode pedir informações ao laboratório. A expectativa é que a análise seja feita em até 7 dias úteis. “A meta da Agência é fazer a análise do uso emergencial em até sete dias úteis, descontando eventual tempo que o processo possa ficar pendente de informações, a serem apresentadas pelo laboratório", informou a Anvisa em nota. O governo federal tem um acordo de compra de 38 milhões de doses da vacina da Janssen. A entrega deve acontecer no segundo semestre, sendo 16,9 milhões no terceiro trimestre de 2021 e outras 21,1 milhões no quarto trimestre. Até o momento duas vacinas têm registro definitivo no Brasil: a AstraZeneca/Oxford, produzida pela Fiocruz, e a Pfizer, que ainda não está sendo aplica. O imunizante da Pfizer deve chegar ao Brasil em setembro, após o governo federal fechar um acordo de compra de 100 milhões de doses.

Uso emergencial

A Coronavac, vacina mais utilizada no Brasil para imunizar os cidadãos, tem autorização para uso emergencial. O imunizante é produzido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Promessa por mais vacinas

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou através de pronunciamento em cadeia nacional nesta terça (23) que o Brasil tem 500 milhões de doses garantidas até o final do ano e que a produção nacional vai garantir que o país tenha doses para a vacinação recorrente. Bolsonaro repetiu o discurso que usa desde o início da pandemia, afirmando que existem dois desafios, o vírus e o desempego. "O governo nunca deixou de tomar medidas importantes tanto para combater o coronavírus como para combater o caos na economia, que poderia gerar desemprego e fome", disse. O presidente exaltou o número de 14 milhões de vacinados até o momento, afirmando que o país é o quinto que mais vacina no país, e disse que existem mais 32 milhões de doses distribuídas para os estados "graças às ações que tomamos logo no início da pandemia", ignorando que passou a buscar vacinas apenas quando o governador de São Paulo, João Doria, intensificou as negociações com a empresa chinesa Sinovac pela Coronavac. Durante o pronunciamento, Bolsonaro afirmou que o país alcançará 500 milhões de doses até o fim do ano, listando acordos que foram feitos durante 2020, como os imunizantes adquiridos no consórcio internacional Covax e a liberação de verba para a compra da Coronavac. Ainda no assunto, ele disse que intermediou pessoalmente a compra de 38 milhões de doses da vacina da Janssen e a antecipação de 100 milhões de doses da Pfizer, com quem rejeitou negociar por várias oportunidades no ano passado.