Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é candidato à presidência da República nas eleições de outubro. A candidatura foi oficializada em evento neste sábado (7/5) em São Paulo e contou com a presença passiva de aliados políticos de Lula, na maior chapa que o ex-presidente já teve em suas tentativas de concorrer ao Planalto. No discurso, Lula buscou se aproximar dos brasileiros por meio de críticas à ausência de programas sociais no governo Bolsonaro, além de questões como a fome, desemprego e pobreza. Falou muito em soberania nacional, afirmando que esta foi totalmente destruída na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Na sua fala, resgatou o país que governou e fez diversas promessas. “Eu fui surpreendido aqui. Eu fui surpreendido e vocês sabem que vocês não podem provocar em um jovem de 76 anos tantas emoções. Hoje é um dia especial. Inclusive, saio aqui na expectativa de que nós vamos comer chuchu com Lula”, brincou o ex-presidente ao falar sobre Geraldo Alckmin (PSB), seu vice e que discursou antes à distância por estar com covid e também brincou com seu apelido de chuchu. A entrada de Lula no palco foi seguida de uma salva de palmas e ovações, que emocionaram o petista. Seu discurso começou falando sobre amor. O amor ao povo que, para Lula, deve conduzir a experiência de um presidente durante seu exercício. “Governar deve ser, sobretudo, um ato de amor. A principal virtude que um governante deve ter é estar em sintonia com a população. É compartilhar a felicidade da família que, graças ao Minha Casa, Minha Vida toda a primeira chave da casa própria, depois e morar a vida toda de aluguel”, disse Lula. As citações ao governo Bolsonaro passaram bastante pelas acusações de Lula do que ele chamou de “destruição do estado brasileiro”, passando por programas sociais como Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família. “Em 2003, quando tomei posse, eu disse que, ao final do meu mandato, todos os brasileiros tivessem a possibilidade de comer café da manhã, almoço e jantar, eu teria vencido. Tudo que fizemos e o povo brasileiro conquistou está sendo destruído por esse governo”, clamou Lula. O ex-presidente e agora candidato também aproveitou para falar sobre diversidade e, com isso, entrar em assuntos extremamente quentes do noticiário brasileiro, como a destruição de aldeias indígenas. "É preciso voltar a investir em saneamento básico, como fizemos com nosso governo. Cuidar do meio ambiente é, antes de tudo, cuidar das pessoas. A transição para um novo modelo de desenvolvimento sustentável é um desafio planetário. Também nesse sentido, temos muito a aprender com os povos indígenas, guardiões do meio ambiente. Defender a nossa soberania é defender as terras dos povos indígenas, que estão vendo seus territórios invadidos ilegalmente", disse. Lula tentará em 2022 seu terceiro mandato como presidente do Brasil. Eleito em 2002 e 2006, ele também disputou as eleições de 1989, 1994 e 1998 antes de ser eleito pela primeira vez. Em 2018, era candidato mas foi impedido de competir ao ser preso.
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