Por Dora Kramer
Brasília (DF) - Depois do anúncio da adesão de onze partidos, dentre os quais os de esquerda, ao grupo liderado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, na tentativa de eleger o sucessor, os contrários a essa decisão dentro de cada legenda foram aconselhados a “mergulhar” e a trabalhar em silêncio por um racha em favor com candidato governista Artur Lira. A ideia é deixar prevalecer o clima favorável aos aliados de Maia a fim de não estimular uma reação que possa levar as direções das legendas a tomar atitudes mais firmes para forçar os votos dos dissidentes, com ameaças de restrição de espaços para o exercício do mandato. Mesmo a votação sendo secreta os partidos sempre têm caminhos para detectar os infiéis. Esse movimento de “mergulho” é mais acentuado no PT (54 deputados) e no PSB (31 deputados, mas só 30 votos porque um deles foi eleito prefeito) onde as, digamos, bancadas dissidentes são mais numerosa. A estratégia é não dar margem para um embate na opinião pública, dado que um apoio explícito a um candidato apoiado por Bolsonaro faria os que querem votar nele perderem a guerra antecipadamente no campo da comunicação. E para não ficarem mal na foto, por ora resolveram sair de cena e se calar.
Fontes: Veja / www.poptvnews.com.br