Domingo, 24 de
Novembro de 2024
Brasil

Especulações

Quantos ministérios deverá ter o futuro governo Lula?

Com divisões e criação de novas pastas, Lula pode ter até 39 ministérios

Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino
post
Com divisões e criação de pastas, já são especulados até 39 ministérios no novo governo Lula

16 dezembro, 2022

O terceiro mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encaminha para ter quase o dobro das pastas da gestão atual, do presidente Jair Bolsonaro (PL). Com divisões e criação de setores inéditos, já são especulados até 39 ministérios no novo governo petista. A novidade mais recente é a possível repartição da pasta de Infraestrutura em duas: uma responsável pelos portos e aeroportos e outra pelas rodovias e ferrovias. A proposta é analisada pela equipe de transição de Lula, que ainda não bateu o martelo sobre o tópico. O histórico dos governos do PT já dividiu o ministério em três: Transportes, Portos e Aviação Civil. A nova separação ajudaria no arranjo das siglas que buscam emplacar nomes na Esplanada, segundo divulgou o portal G1. Já foi confirmado por Rui Costa, futuro ministro da Casa Civil, e por Fernando Haddad, anunciado para a Fazenda, que será recriado o Ministério da Gestão para tratar de temas como recursos humanos e governo digital. Além disso, podem ganhar status de ministério as secretarias de Assuntos Estratégicos e de Comunicação. 

Quantos ministérios deve ter o governo de Lula? 
17 ministérios já existem e devem ser mantidos:
Casa Civil;

Itamaraty;

Defesa;

Justiça e Segurança Pública;

Controladoria-Geral da União;

Advocacia-Geral da União;

Saúde;

Educação;

Turismo;

Desenvolvimento Social;

Ciência e Tecnologia;

Meio Ambiente;

Minas e Energia;

Comunicações;

Secretaria das Relações Institucionais (atual Secretaria de Governo);

Gabinete de Segurança Institucional; e

Secretaria-Geral da Presidência.

15 ministérios que podem ser desmembrados:

Fazenda;

Planejamento;

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;

Gestão;

Cidades;

Desenvolvimento Regional;

Trabalho;

Previdência

Direitos Humanos;

Mulher;

Agricultura;

Agricultura Familiar e Alimentação Saudável (Antigo Desenvolvimento Agrário);

Pesca;

Infraestrutura e Transportes;

Portos e Aeroportos.

4 ministérios podem ser recriados:
Cultura;

Igualdade Racial;

Micro e Pequena Empresa; e

Esportes.

1 ministério inédito que pode ser fundado:
Povos Originários.

Com isso, a previsão é que existam de 36 a 39 ministérios. O tamanho do futuro gabinete, contudo, não tem sido motivo de constrangimento para a equipe de Lula. Segundo informações do portal G1, a defesa da equipe do petista é de que o impacto orçamentário é muito pequeno se comparado à efetividade da estratégia, que busca dar eficiência ao uso dos recursos e visibilidade a assuntos que ganhariam ministério próprio.

Esplanada inchada não é novidade em governos do PT
O gabinete inchado também não seria uma novidade para o PT, que teve recorde de 39 pastas no primeiro mandato de Dilma Rousseff (2011-2014). Atualmente, a gestão de Jair Bolsonaro conta com 23 ministérios. O número de pastas influi na quantidade de nomes indicados ao primeiro escalão. Como o novo governo tenta apoio para aprovar a chamada Pec Fura-Teto, será necessário alocar diversos partidos em cargos ministeriais para favorecer o apoio a essa e outras medidas.

Outros ministros de Lula
Na última sexta-feira (9/12), Lula anunciou os ministros da Fazenda, Justiça, Defesa, Casa Civil e Relações Exteriores de seu novo governo.

Veja:

Fernando Haddad assume o Ministério da Fazenda

Flávio Dino assume o Ministério da Justiça

Rui Costa assume o Ministério da Casa Civil

José Múcio Monteiro assume o Ministério da Defesa

Mauro Vieira assume o Ministério das Relações Exteriores

A cantora Margareth Menezes aceitou o convite para assumir o Ministério da Cultura, na terça-feira (13/12).

Nísia Trindade, atual presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), é o nome mais forte e deve assumir o Ministério da Saúde. Já o deputado federal eleito Luiz Marinho (PT) foi confirmado para comandar o Ministério do Trabalho, segundo membros da equipe de transição de governo e da cúpula do PT.