São Bernardo do Campo (SP) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de 75 anos, recebeu a segunda dose da vacina contra o novo coronavírus na manhã deste sábado (3/4), em um posto drive-thru localizado em São Bernardo do Campo (SP), seu berço político. Acompanhado do médico e deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde do governo Dilma Rousseff, Lula tomou o imunizante e transmitiu a aplicação em suas redes sociais. A injeção da primeira dose ocorreu em 13 de março, também na cidade do ABC paulista. Após receber o reforço da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, Lula pediu aos brasileiros que evitem aglomerações e sigam lavando as mãos e usando máscara. O ex-presidente apareceu no vídeo com duas máscaras, diferentemente da aplicação da primeira dose, quando usou apenas uma camada do item de proteção. “Não é porque eu tomei a vacina que eu posso relaxar. Não. Quem tomou a segunda dose tem que continuar utilizando máscara, lavando as mãos, usando álcool em gel, tem que continuar evitando aglomeração”, aconselhou Lula. “Queria dizer que a vacina é muito importante, mas tão importante quanto a vacina é a responsabilidade que cada homem, cada mulher desse país tem que ter ao se cuidar. Ao se cuidar, você estará cuidando da sua família, do seu pai, da sua mãe, do seu filho, do seu neto, dos seus amigos. Nada de brincar e nada de duvidar desse vírus que a natureza impôs à humanidade”, disse o líder petista. “É preciso que a gente faça uma verdadeira campanha para obrigar que os presidentes dos países mais importantes do mundo se reúnam para discutir como enfrentar essa guerra contra a Covid. Primeiro, é preciso produzir vacina para 7 bilhões de seres humanos. Segundo, é preciso humanizar essa vacina, ou seja, não pode ser um bem de uma empresa, de um laboratório. É preciso que seja um bem da humanidade. Por isso, os países ricos têm que assumir a responsabilidade de produzir vacinas em quantidade e distribuir também em quantidade. Hoje, 76% das vacinas do mundo estão nas mãos de 10 países, e destes 10 países 3 detêm 50% das vacinas. A pergunta que fica é a seguinte: e o restante da humanidade como vai ficar?”, prosseguiu Lula. “Quero aproveitar para expressar minha solidariedade a todo ser humano que perdeu um parente pela Covid, todas aquelas pessoas da saúde que se matam de trabalhar 24 horas por dia para tentar salvar o povo brasileiro, e continuar cobrando do governo brasileiro. É preciso três coisas para a gente resolver a Covid. Primeiro, a vacina. Não tem discussão, é imprescindível que todas as pessoas tomem. Segundo, é preciso ter um auxílio emergencial para garantir que as pessoas possam ficar em casa, um para o povo mais pobre, o trabalhador, e outro para o pequeno empreendedor que precisa continuar sobrevivendo e gerando seu emprego. Terceiro, gerar emprego para esse povo e, depois, o Estado fazer investimento em obras públicas para retomar o crescimento econômico”, continuou o ex-presidente, que encerrou mandando um recado ao governo Bolsonaro. “Ouçam a ciência, aqueles que sabem da área da saúde como tratar isso, e cumpram as determinações. Conversem com os governadores, respeitem os governadores, os prefeitos e os secretários da Saúde, porque essa luta é de todo o povo brasileiro”, finalizou.
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