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Outubro de 2024
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Lenda do vôlei nas quadras e nas areias, Isabel morre aos 62 anos

Famosa por grandes momentos nas quadras e nas areias, Isabel é mãe de Maria Clara Salgado, Pedro Solberg e Carol Solberg, todos atletas conhecidos no vôlei de praia

Foto: Divulgação
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Isabel disputou os Jogos Olímpicos de Moscou-1980 e Los Angeles-1984, e foi medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Porto Rico-1979

16 novembro, 2022

Morreu nesta quarta-feira (16/11), a ex-jogadora de vôlei Isabel Salgado, aos 62 anos. A ex-ponteira sofria da Síndrome Aguda Respiratória do Adulto (SARA), uma condição clínica rara e a informação foi confirmada por amigos próximos. Famosa por grandes momentos nas quadras e nas areias, Isabel é mãe de Maria Clara Salgado, Pedro Solberg e Carol Solberg, todos atletas conhecidos no vôlei de praia e deixa cinco filhos e cinco netos. A carioca Maria Isabel Barroso Salgado foi revelada pelo Flamengo e fez história quando se tornou a primeira brasileira a atuar na Europa, em 1980, quando foi atuar no Modena da Itália. Ela disputou os Jogos Olímpicos de Moscou-1980 e Los Angeles-1984, e foi medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Porto Rico-1979. Em 2016, a craque das quadras foi uma das esportistas brasileiras que conduziu a tocha olímpica durante o revezamento antes das Olimpíadas do Rio. Após deixar o vôlei de quadra, a ex-jogadora se tornou um ícone no vôlei de praia, onde atuou ao lado de Jackie Silva, amiga dos tempos de quadra. Anos depois ela se tornou treinadora, trabalhando com suas filhas. Isabel foi nomeada pelo vice presidente eleito, Geraldo Alckmin, na última segunda-feira (14/11) para integrar a área de Esporte da equipe de transição de governo. Rotulada de “musa” durante sua trajetória nas quadras, ficou conhecida por se posicionar sobre temas fora do esporte onde defendia suas ideias. Uma das cenas mais icônicas da carreira aconteceu em 1982, em um torneio amistoso disputado no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Na partida contra o Japão, mais de 20 mil torcedores hostilizava as nipônicas, que dominavam o jogo. Foi quando a jovem de 22 anos pediu o microfone oficial do evento e fez um discurso firme, afirmando que se a torcida não parasse de xingar as asiáticas, o jogo acabaria. Depois disso o público se comportou, a partida seguiu, e o Brasil acabou derrotado.