Brasília (DF) - O governo de Jair Bolsonaro pagou R$ 1,7 bilhão às farmacêuticas Pfizer e Janssen por vacinas contra a Covid-19 que ainda não recebeu. As autorizações para pagamentos ocorreram três dias após o anúncio da assinatura dos contratos. Não há data para a entrega dos medicamentos. As informações são da Folha de S.Paulo. O Ministério da Saúde autorizou ainda pagamentos de R$ 2,3 bilhões a outras duas farmacêuticas que fecharam parcerias para a entrega de vacinas: a União Química, fornecedora da Sputnik V, e a Precisa Medicamentos, responsável pela indiana Covaxin. As duas vacinas estão na fase da despesa que é o empenho, uma autorização para gastos futuros. Esses dados estão disponíveis no Portal da Transparência, alimentado pelo próprio governo federal. A partir dessas informações é possível saber como o governo está gastando parte dos R$ 20 bilhões liberados de forma emergencial para a compra de vacinas.
Vacinação lenta e volta das negociações
Por enquanto, o governo federal vem fornecendo aos estados apenas as vacinas desenvolvidas pelo Instituto Butantan - Coronavac - e pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), da AstraZeneca. Pressionado para acelerar o processo de vacinação - até agora somente 4% da população recebeu as duas doses da vacina -, Bolsonaro retomou negociações com a Pfizer após rejeitar proposta da farmacêutica em agosto de 2020. Em 19 de março, o Ministério da Saúde disse que havia assinado contratos sigilosos com a Pfizer e com a Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson. A primeira deve entregar 100 milhões de doses. A segunda, 38 milhões - sendo esta em dose única.
Fontes: Folha de S.Paulo / www.poptvnews.com.br
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