Política foi um dos assuntos abordados por Gal Costa em sua participação no "Conversa com Bial" na sexta-feira (19/2). A cantora tocou no tema ao lembrar a repressão do período da ditadura militar no Brasil e também se posicionou contra a gestão do atual presidente da República, Jair Bolsonaro. A artista lembrou o quanto a censura interferiu na produção cultural do país e refletiu sobre o perigo de uma parcela da população querer resgatar o autoritarismo dessa época. "Tem gente querendo voltar a esse tempo, não pode", afirmou, no bate-papo com o apresentador Pedro Bial. No programa, Gal reviu vídeos de parcerias com colegas de profissão, como o dueto com Cazuza, na música "Brasil". A cantora lembrou que, durante a ditadura, seu posicionamento era no campo estético, mas atualmente prefere demarcar mais claramente o que pensa sobre política. "Eu me posicionei, né? Fora Bolsonaro. Tem momento que o artista tem que se posicionar", disse. A intérprete, que lança um novo álbum, relembrou ainda momentos marcantes de seus 50 anos de carreira e a amizade com outros nomes importantes da música brasileira. Com Caetano Veloso, por exemplo, não houve envolvimento, por pura timidez. “Tinha um clima assim, pelo menos da minha parte tinha. Uma certa atração sexual. [...] Acho que da dele também devia ter, porque ele não é bobo nem nada, né?”, brincou. Aos 75 anos, Gal diz que tem medo da morte, mas quer fazer muito ainda. "Eu acho difícil envelhecer, mas ao mesmo tempo é bom. Quanto mais você fica velho, mais você vive. E a vida é tão linda, com todos os seus mistérios, dificuldades, sofrimentos e alegrias. Viver é igual alegria e sofrimento, mas eu adoro a vida", explicou.
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