Em propaganda eleitoral exibida na televisão na quinta-feira (8/9), o presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu um novo valor para o Auxílio Brasil: R$ 800. Candidato à reeleição, ele não especificou de onde sairá o valor a mais necessário, mas afirmou que a medida se trata de um "incentivo ao trabalho". Recentemente, o governo enviou ao Congresso Nacional uma proposta de Orçamento que prevê o valor de R$ 400 para o benefício em 2023. No entanto, na última terça-feira (6/9), Bolsonaro havia prometido que o Auxílio Brasil vai continuar em R$ 600 a partir do ano que vem. O chefe do Executivo ainda declarou: "Tudo o que faço e falo tem aval do Paulo Guedes", citando o ministro da economia em entrevista à Jovem Pan. O aumento temporário do valor do Auxílio Brasil para R$ 600 até dezembro foi vista por especialistas como uma tentativa de melhorar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro em ano de eleição. Na ocasião, o Planalto teve que decretar estado de calamidade pública usando como justificativa justamente a guerra na Ucrânia. Por desrespeitar várias regras fiscais, inclusive o teto de gastos, a ampliação do benefício só foi possível através do decreto de calamidade. Para continuar com o valor pro ano que vem, Bolsonaro já falou em usar recursos de vendas de estatais e de taxação de lucros e dividendos. Dados do instituto de pesquisas Datafolha divulgados na última sexta-feira (2) mostram que 24% dos eleitores entrevistados recebem ou moram com alguém que recebe o Auxílio Brasil. O Datafolha aponta ainda que, entre os eleitores que recebem o Auxílio Brasil, 56% têm intenção de votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto 28% pretendem votar no presidente Jair Bolsonaro (PL).
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