Leonardo Angioletti (PL) – filho do candidato a vice-prefeito de Itajaí (SC) Rubens Angioletti – desistiu de disputar uma cadeira na Câmara de Vereadores alegando que não pretendia mais apoiar o que ele chamou de “direita trans”. Em um comunicado, ele criticou políticos que passaram a fazer parte do bolsonarismo simplesmente para tentar surfar no apoio político do ex-presidente da República. Segundo Leonardo, essa “direita trans” trata-se “daqueles que só apoiam ou passaram a apoiar o Bolsonaro a partir de 2022 pensando em 2024, ou mesmo os mais ‘carudos’ que começaram a apoiar somente quando vieram para o PL pensando em se aproveitar da imagem do Bolsonaro e iludir o público da direita”. “Podem se preparar porque eu serei uma das forças resistentes”, disse o candidato por meio de mensagem compartilhada em grupos de WhatsApp de integrantes do PL.
A radicalização do ‘PL bolsonarista’
Como mostramos nesta segunda-feira (12/8) integrantes do PL têm reclamado nos bastidores sobre o posicionamento adotado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro de proibir, nos municípios, coligações com partidos ligados à esquerda, como PSB e PDT. A informação foi divulgada pela colunista Bela Megale de O Globo e confirmada por este site. Em 31 de julho, o PL baixou uma resolução proibindo a união de candidatos a prefeito da sigla com partidos de esquerda principalmente o PT. A norma abrange tanto a agremiação do presidente Lula, quanto a Rede, PSOL, PcdoB, PDT e PSB. “Basta ver o que está acontecendo na Venezuela, e quais partidos brasileiros estão se manifestando favoráveis àquele regime ditatorial”, informou o partido na nota oficial.
São Luís
“Não queremos que o Brasil tenha esse mesmo destino”, reforçou a sigla. No entanto, alguns dirigentes do PL já traçavam coligações com partidos de esquerda e isso, segundo algumas executivas regionais, pode comprometer a composição de quadros para Câmara de Vereadores. Um exemplo disso está na capital do Maranhão, São Luís, onde o PL iria reforçar o palanque o deputado federal Duarte Júnior (PSB). A reclamação já chegou aos ouvidos do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Ele, no entanto, argumenta que não pode conversar com Bolsonaro sobre esse tema justamente em função da limitação estabelecida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.