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Novembro de 2024
Brasil

Corte

Bolsonaro corta 60% da verba publicitária do governo à Globo

Presidente cumpre a promessa de diminuir a propaganda oficial na principal emissora da família Marinho

(Foto: Nelson Almeida/AFP via Getty Images)
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No final de 2019, Bolsonaro falou em uma live sobre a verba do governo à Globo: "Acabou essa mamata, não tem dinheiro público para vocês, acabou a teta"

13 agosto, 2020

Brasília (DF) -  Na edição da quarta-feira (12/8), a Folha de S. Paulo traz matéria a respeito do rateio de verbas do governo federal às TVs. De acordo com os jornalistas Fábio Fabrini e Julio Wiziack, o TCU (Tribunal de Contas da União) identificou falta de critério técnico na mudança da divisão das verbas oficiais investidas nas principais emissoras. No final de 2019, Bolsonaro falou em uma live sobre a verba do governo à Globo: "Acabou essa mamata, não tem dinheiro público para vocês, acabou a teta"No final de 2019, Bolsonaro falou em uma live sobre a verba do governo à Globo: "Acabou essa mamata, não tem dinheiro público para vocês, acabou a teta" A Globo foi a que mais perdeu. Apesar de ser líder em audiência, com média diária de público maior do que RecordTV e SBT juntos, o canal carioca teve a participação reduzida de 39% para 16%, queda de quase 60% na comparação entre 2018 (sob a gestão de Michel Temer) e 2019 (ano do primeiro mandato de Jair Bolsonaro).

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No mesmo período, o investimento de publicidade oficial da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência) na RecordTV subiu de 31% para 43% do valor aplicado. O SBT viu a verba aumentar de 30% para 41%. Os respectivos donos dessas TVs, Edir Macedo e Silvio Santos, são apoiadores de Bolsonaro. A Globo é, nas palavras do chefe do Executivo, um "inimigo" na mídia. Segundo a matéria da Folha, a Secom alegou que a aferição do Ibope não foi o único critério para redefinir a distribuição da verba. O órgão teria considerado o perfil do público de cada emissora e o custo das inserções. Desde que assumiu o Ministério das Comunicações, em junho, Fábio Faria, genro de Silvio Santos, tenta melhorar a relação de Bolsonaro com a Globo. Mas a cobertura incisiva do jornalismo do canal em relação ao governo — com críticas diretas ao presidente e a seus filhos parlamentares — dificulta uma possível trégua.

Fontes: Terra / www.poptvnews.com.br