p/ Guilherme Soares Dias
São Paulo (SP) - O ato “vidas negras importam” convocado pelo movimento negro ocorre neste momento na Avenida Paulista, em São Paulo. Os manifestantes ressaltam que “vidas negras importam”, pedem democracia, a queda do presidente Jair Bolsonaro, além de lembrarem de pessoas negras mortas pela polícia e de símbolos do movimento negro, como o punho cerrado. O presidente foi chamado de “miliciano” durante o ato. "Poder para o povo preto" e "não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da polícia militar", foram gritos entoados pelos manifestantes. O protesto começou às 14 horas e tem previsão de término por volta das 16h30. Os manifestantes reuniram-se no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e ganharam a Avenida Paulista, em São Paulo, em gritos contra o presidente Bolsonaro e “racistas, fascistas: não passarão”. Cerca de duas mil pessoas participam do ato, número menor do que na semana passada, quando cerca de 10 mil pessoas foram para as ruas. O contingente de polícia, no entanto, era grande. Os manifestantes enfrentaram vento e o termômetro que marcava 17 graus. Na frente da Federação da Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), os participantes soltaram fumaças das cores da bandeira do Brasil: verde, amarelo e azul. A vereadora Marielle Franco, que foi assassinada em março de 2018, foi lembrada. “Quantas pessoas mais terão que morrer”, questionavam. Entre os presentes, estavam integrantes de torcidas organizadas de times de futebol paulistanos, além de integrantes do movimento negro. Danilo Pássaro, coordenador do movimento Somos Democracia, lembrou que o presidente Bolsonaro (sem partido) deu entrevista hoje tentando deslegitimar protestos. “Ele nos chama de terroristas e de violentos, de baderneiros. Mas aqui está o verdadeiro povo brasileiro: preto, da periferia, que é trabalhador e que vem para a rua lutar contra o racismo, o fascismo, pela democracia, pela verdade, pela vida e pela justiça”, ressaltou.
Fontes: Equipe do Alma Preta / www.poptvnews.com.br