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Crime

Aborto legal é criticado por presidente da CNBB: 'Crime hediondo'

Dom Walmor Oliveira de Azevedo, que é arcebispo de Belo Horizonte (MG), chamou de "crime hediondo"

Foto: Divulgação
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Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da CNBB, criticou o aborto legal feito por menina de 10 anos estuprada

19 agosto, 2020

Belo Horizonte (MG) - O aborto legal feito pela menina de 10 anos estuprada pelo tio, em São Mateus (ES), foi criticado pelo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dom Walmor Oliveira de Azevedo, que é arcebispo de Belo Horizonte (MG), chamou de "crime hediondo" após a criança passar pelo procedimento, mesmo gerando um bebê fruto de uma violação sexual, na qual era submetida desde os 6 anos dentro de casa. Em uma publicaão feita em sua página no Facebook, o arcebispo disse que "a violência sexual é terrível, mas a violência do aborto não se explica". "Lamentável presenciar aqueles que representam a Lei e o Estado com a missão de defender a vida, decidirem pela morte de uma criança de apenas cinco meses, cuja mãe é uma menina de dez anos. Dois crimes hediondos. A violência sexual é terrível, mas a violência do aborto não se explica, diante de todos os recursos existentes e colocados à disposição para garantir a vida das duas crianças. As omissões, o silêncio e as vozes que se levantam a favor de tamanha violência exigem uma profunda reflexão sobre a concepção de ser humano. Peço a Deus consolação para todos os envolvidos nessa desafiadora e complexa situação existencial, que feriu de morte a infância, consternando todo o país. O precioso dom da vida precisa ser, incondicionalmente, respeitado e defendido", escreveu o texto. Alinhado ao discurso do presidente da CNBB, dom Ricardo Hoepers, bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, ressaltou também a posição da Igreja em salvar as duas vidas. Em entrevista ao programa "Com a Mãe Aparecida", da Rede Aparecida de Rádio, Hoepers afirmou que "tinham condições de manter as duas vidas". "De um ato criminoso, de um ato horrendo, de um ato abominável, nós demos a pena capital a um bebê. É uma coisa que eu não me conformo. E é em nome desse bebê que nós como Igreja queremos falar também, queremos refletir. Não estamos negando nenhuma outra realidade, não estamos negando a dureza específica dessa família, especialmente dessa menina-mãe, mas o que nós estamos pensando e temos que refletir – e temos que enfrentar esse debate – é por esta criança ter sido o bode expiatório. Quem levou a culpa de toda a violência foi um bebê inocente”, disse na entrevista. Em relação a um posicionamento sobre o estuprador, dom Ricardo ressaltou que não é necessário explorar esta questão, uma vez que “ele é um criminoso” e “há um consenso que ele deve pagar pelo que ele fez”.

Fontes: EXTRA / www.poptvnews.com.br